Ao contrário do que se imagina, a temporada chuvosa em Alter do Chão, no Pará, não afasta os turistas — ela transforma o destino. Entre fevereiro e junho, a chamada cheia amazônica revela paisagens únicas e experiências que só podem ser vividas nesse período.

Com o nível dos rios mais elevado, as famosas faixas de areia branca cedem espaço a florestas alagadas. Uma das atrações mais procuradas é o passeio de canoa pela Floresta Encantada, onde os visitantes navegam entre árvores cobertas por água, em um cenário de beleza singular.

Mesmo com a redução da área útil, a Ilha do Amor continua operando com estrutura de bares e mantém o ambiente acolhedor à beira do Tapajós. O clima mais fresco, com chuvas passageiras intercaladas por sol, favorece a exploração da vila de forma mais confortável.

A cheia também amplia as opções de aventura. O canal do Jari, por exemplo, ganha protagonismo ao facilitar o acesso a comunidades ribeirinhas e a áreas pouco exploradas na confluência dos rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas.

Outro atrativo é a economia: o menor fluxo de turistas faz com que hospedagens e passeios fiquem mais acessíveis. Além disso, o atendimento tende a ser mais atencioso, com menor demanda nos estabelecimentos.

Viajar para Alter do Chão durante o inverno amazônico é descobrir uma nova versão do destino, com roteiros exclusivos, menos gastos e paisagens que revelam outra face da Amazônia.