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Japinha do CV está viva e não foi morta em megaoperação no Rio, revela documento

Jovem citada como morta em ação contra o Comando Vermelho não aparece na lista oficial com os 115 suspeitos neutralizados

Por: Redação

03/11/202509:11

Um documento oficial revela que a jovem conhecida como “Penélope” ou “Japinha do CV” está viva e não foi morta durante a megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV) realizada na última terça-feira (28). A informação desmente os boatos que circularam nas redes sociais, associando a morte de uma mulher ao nome da traficante.

Foto Japinha do CV está viva e não foi morta em megaoperação no Rio, revela documento
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Após a operação, imagens de um corpo alvejado passaram a ser divulgadas online, acompanhadas de legendas que afirmavam se tratar da “Japinha do CV”. As publicações viralizaram rapidamente, levantando suspeitas sobre a identidade da jovem. No entanto, a lista oficial com os 115 mortos em confronto, obtida pela coluna, não traz o nome de nenhuma mulher, o que confirma que ela não foi neutralizada na ação.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) informou que todos os mortos identificados são homens e que dois corpos permanecem sem identificação por falta de registro papiloscópico, arcada dentária ou DNA. Ainda assim, as autoridades reforçam que não há indícios de que a jovem esteja entre os óbitos.

Histórico da megaoperação

A megaoperação, considerada uma das maiores já realizadas contra o Comando Vermelho, resultou em 115 mortes confirmadas, das quais 59 eram de indivíduos com mandados de prisão pendentes e 97 com histórico criminal. Segundo a PCERJ, 109 dos mortos tinham ligação direta com a facção.

O levantamento aponta ainda que mais da metade dos suspeitos mortos (54%) era de fora do Rio de Janeiro, com destaque para 19 oriundos do Pará, 12 da Bahia e nove do Amazonas. As investigações sobre as circunstâncias das mortes estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com acompanhamento do Ministério Público, enquanto a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) apura a atuação interestadual da facção.