A Igreja Católica concluiu nesta sexta-feira (12) uma etapa decisiva do processo de beatificação de Waldir Lopes de Castro, conhecido como Monsenhor Waldir, sacerdote que era tio do humorista Tom Cavalcante. Com o encerramento da fase diocesana, o caso segue agora para avaliação do Vaticano, responsável por analisar se o religioso reúne os requisitos para ser reconhecido como santo.

A fase encerrada teve início após a autorização oficial da Santa Sé, concedida em 2020 à Diocese de Sobral. Desde então, a Igreja local reuniu documentos, depoimentos e registros históricos sobre a trajetória do sacerdote, além de relatos ligados à sua reputação de santidade e dedicação pastoral.

A conclusão dos trabalhos foi marcada por uma cerimônia realizada na Praça do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no município de Marco, no Ceará. O evento reuniu fiéis, religiosos e moradores da cidade onde Monsenhor Waldir construiu grande parte de sua missão.

Tom Cavalcante, sobrinho do sacerdote, destacou a relação próxima que manteve com o tio e o carinho demonstrado pela população local. Segundo o humorista, Monsenhor Waldir deixou um legado profundo de fé e serviço, sendo lembrado como alguém que marcou a vida dos moradores do município.

O artista também recordou um episódio ocorrido nos últimos momentos de vida do religioso, quando, após ser atropelado, teria tranquilizado a pessoa que tentou socorrê-lo ao afirmar que já estava sob a proteção de Nossa Senhora. Para a família, a passagem reforça a imagem de santidade que ele já teria conquistado ainda em vida.

Monsenhor Waldir atuou como líder religioso em Marco por quase 40 anos. Natural de Sobral, no norte do Ceará, nasceu em 2 de fevereiro de 1931 e iniciou o ministério sacerdotal como cooperador da Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio. Ao longo da carreira, também exerceu a função de professor no Seminário de Sobral e na Escola Técnica de Comércio Dom José.

Com o envio da documentação ao Vaticano, o processo entra agora em uma nova fase, que pode levar, futuramente, ao reconhecimento oficial de Monsenhor Waldir como beato e, posteriormente, como santo pela Igreja Católica.