Nem sempre quando a restituição do Imposto de Renda aparece como “encaminhada ao banco” no sistema da Receita Federal, o valor já foi efetivamente depositado na conta do contribuinte. Diversos fatores podem impedir o recebimento, mesmo que, à primeira vista, tudo pareça regularizado.

Entre os principais problemas estão dados bancários incorretos, pendências junto à Receita Federal ou inconsistências na própria declaração. Para verificar a situação, o primeiro passo recomendado é acessar o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), onde é possível consultar o andamento da declaração e checar se há alguma irregularidade.

Erros simples são comuns, como número de agência incorreto, tipo de conta incompatível ou nome do titular incompleto. No caso de restituições via Pix, é importante que a chave cadastrada seja o CPF do contribuinte, conforme exigência do governo. Se a chave for diferente, será necessário cadastrá-la corretamente e aguardar até oito dias úteis para o novo processamento.

Caso alguma inconsistência seja identificada, é possível retificar a declaração. Após o envio da correção, o novo processamento pode levar de 8 a 20 dias úteis, dependendo do volume de declarações sob análise e da complexidade das alterações realizadas. Alterações nos dados bancários também exigem acompanhamento frequente pelo e-CAC para verificar quando o crédito será, de fato, liberado.

Mesmo contribuintes com direito à restituição podem ter o pagamento bloqueado por pendências fiscais que ainda não foram identificadas. Por isso, é importante manter os dados atualizados e acompanhar o status da declaração.

Se o sistema indicar que a restituição foi enviada ao banco, mas o dinheiro não estiver na conta, o contribuinte pode reagendar o pagamento com o Banco do Brasil. Há três formas de fazer isso:

– Pelo site do banco, informando o valor atualizado da restituição;

– Pelos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais regiões) ou 0800-729-0088 (para deficientes auditivos);

– Presencialmente, em qualquer agência do Banco do Brasil.

Em todos os casos, é necessário ter em mãos o valor atualizado da restituição, disponível no menu “Meu Imposto de Renda” no site da Receita Federal.

Se, mesmo após seguir todos esses passos, o problema persistir e a restituição continuar bloqueada, é recomendável buscar orientação de um contador ou advogado especializado. Em situações mais complexas, pode ser necessário entrar com uma ação judicial para solicitar o pagamento ou apresentar defesa em caso de cobrança indevida.