Na última semana, a Petrobras divulgou seu relatório fiscal, informando o pagamento de R$ 131,7 bilhões em tributos e participações governamentais no primeiro semestre de 2025, valor que representa uma redução de 4,5% em comparação com os R$ 137,9 bilhões desembolsados no mesmo período de 2024. 

A composição desse total inclui tanto impostos e contribuições destinados à União, estados e municípios, quanto às participações governamentais, royalties e participação especial referentes à exploração de campos de petróleo. Do montante, R$ 77,1 bilhões foram direcionados à União, sendo R$ 45,3 bilhões em tributos federais e R$ 31,8 bilhões em participações.

Embora o valor total pago tenha caído, houve comportamento distinto entre as categorias: a arrecadação de tributos sobre lucro (IRPJ e CSLL) e sobre faturamento (PIS e Cofins) recuou, enquanto as participações governamentais registraram alta de 3% na comparação anual.

Nos estados, a contribuição totalizou R$ 53,6 bilhões, equivalente a 12% da arrecadação estadual, com crescimento de 7,8% sobre 2024, impulsionado principalmente pelo aumento na cobrança de ICMS sobre combustíveis a partir de fevereiro. Em 20 unidades da federação, os repasses da Petrobras representam mais de 10% do total arrecadado em ICMS.

Em valores absolutos, São Paulo lidera o recebimento (R$ 11,3 milhões), seguido por Minas Gerais (R$ 7,3 milhões), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (R$ 4,3 milhões cada) e Paraná (R$ 3,3 milhões). Entretanto, em participação relativa na arrecadação estadual, Mato Grosso do Sul se destaca, com 52,8% de sua receita vinculada à Petrobras. Rondônia (24,8%), Paraíba (24,5%), Goiás (20,9%) e Ceará (19,2%) completam o topo desse ranking.