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Serviços avançam pelo nono mês seguido e alcançam nível histórico no país

Setor acumula alta de 3,7% desde fevereiro e fica mais de 20% acima do pré-pandemia, segundo IBGE

Por: Redação

12/12/202512:53

O setor de serviços registrou crescimento de 0,3% em outubro na comparação com setembro, consolidando o nono mês seguido de alta e reforçando o ritmo de expansão que tem marcado 2025. O desempenho mantém o segmento no nível mais elevado da série histórica do IBGE.

Foto Serviços avançam pelo nono mês seguido e alcançam nível histórico no país
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Logo após a divulgação dos dados, ficou evidente que a sequência positiva iniciada em fevereiro resultou em avanço acumulado de 3,7%. Com isso, o setor opera 20,1 por cento acima do patamar pré pandemia de covid-19 e se mantém como protagonista do dinamismo econômico nacional.

Na análise mensal apresentada pelo IBGE, observou se que a trajetória de nove altas consecutivas supera a marca registrada entre fevereiro e setembro de 2022, quando o ciclo anterior acumulou 5,6 por cento. Mesmo assim, o atual movimento é visto como mais sólido e constante.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, outubro apresentou alta de 2,2% enquanto o acumulado dos últimos 12 meses fechou com expansão de 2,8%. Essa variação indica estabilidade no curto prazo e resiliência no longo período analisado.

Evolução mensal em 2025

Durante o ano, o comportamento do setor mostrou oscilações leves, porém sempre direcionadas ao campo positivo, com exceção de janeiro, que teve recuo de 0,4%. Depois disso, a curva passou a seguir em ritmo contínuo de recuperação e de avanço.

As variações foram:

  • Fevereiro: 0,8%

  • Março: 0,4%

  • Abril: 0,3%

  • Maio: 0,2%

  • Junho: 0,4%

  • Julho: 0,3%

  • Agosto: 0,2%

  • Setembro: 0,7%

  • Outubro: 0,3%

Desempenho dos grandes setores

Entre os cinco grandes segmentos analisados, todos registraram crescimento na passagem de setembro para outubro, reforçando a leitura de avanço generalizado. Os destaques foram: serviços prestados às famílias 0,1 por cento, informação e comunicação 0,3 por cento, serviços profissionais e administrativos 0,1 por cento, transportes armazenagem e correio 1 por cento e outros serviços 0,5 por cento.

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o transporte aéreo e o rodoviário de cargas impulsionaram os números. O aumento da demanda por passageiros elevou as receitas das companhias aéreas, enquanto o transporte de cargas foi beneficiado pelo escoamento da safra agrícola e pelo fluxo crescente do comércio eletrônico.

Como consequência, o setor de transportes e armazenagem, responsável por 36,40% do total dos serviços do país, reforçou seu protagonismo. Já o segmento de informação e comunicação avançou embalado pela maior procura por soluções de tecnologia da informação, que seguem sendo essenciais diante da aceleração da digitalização nas empresas.