Logo

Governo muda regras da poupança para ampliar crédito imobiliário

Novo modelo pode liberar R$ 111 bi para habitação em 2027

Por: Redação

10/10/202516:30

O novo modelo de direcionamento dos recursos da poupança para o crédito imobiliário foi apresentado, nesta quinta-feira (9), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Um dia depois, o governo anunciou oficialmente as novidades sobre o evento em São Paulo, com participação do presidente Lula (PT). 

Casas
Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert/PR

A medida pode determinar o acesso à casa própria, para famílias de baixa renda que não são englobadas por qualquer problema de habitação ou moradia. Com o novo modelo, o percentual dos depósitos de poupança que os bancos devem aplicar em crédito imobiliário, poderá ser elevado entre 65% e 100%.

Do geral, 80% poderão ser destinados a financiamentos habitacionais contratados no SFH (Sistema Financeiro da Habitação), com custo efetivo total limitado a 12% ao ano. Mas, mesmo assim, o novo modelo tem previsão para ser efetivado em janeiro de 2027.

Nesse primeiro momento, os bancos são obrigados a destinar 65% dos recursos captados pela caderneta de poupança para crédito imobiliário. Por consequência, cerca de 20% do saldo da poupança é retido pelo BC como depósito compulsório, e os 15% restantes podem ser usufruídos pelos bancos.

O Banco Central indica que a mudança deve viabilizar R$ 111 bilhões em recursos no primeiro ano, o que pode gerar em representação R$ 52,4 bilhões a mais que o modelo atual.  

Prazos

Por fim, as operações com prazo a partir de 30 anos poderão ser computadas por cinco anos. Já os contratos com prazos inferiores a isso terão esse período reduzido de forma proporcional.