Cerca de 141 mil trabalhadores ainda têm valores do abono salarial do PIS/Pasep disponíveis para saque até a próxima segunda-feira (29). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o montante que permanece disponível soma aproximadamente R$ 145,7 milhões.

De acordo com a pasta, os recursos não retirados dentro do prazo retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Ainda assim, o trabalhador que perder a data limite poderá solicitar o saque em até cinco anos após o encerramento do calendário. O MTE alerta que muitos beneficiários deixam de sacar o abono por desconhecerem que têm direito ao benefício.

O último pagamento do ano foi liberado em novembro e contemplou 152.444 trabalhadores, com a liberação de R$ 156,5 milhões em valores extras. Ao longo de 2025, o governo federal destinou cerca de R$ 30 bilhões ao pagamento do abono salarial.

Valor do benefício

O valor do abono varia conforme o tempo de trabalho no ano-base de 2023, indo de R$ 127 a R$ 1.518. Cada mês trabalhado equivale a 1/12 do salário mínimo vigente no momento do pagamento, com arredondamento para cima. Quem trabalhou durante todo o ano recebe o equivalente a um salário mínimo. Períodos iguais ou superiores a 15 dias contam como mês completo.

Quem tem direito

Podem receber o abono salarial os trabalhadores que exerceram atividade formal por, no mínimo, 30 dias no ano-base, tiveram remuneração média mensal de até R$ 2.765,93, estão inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e tiveram seus dados corretamente informados pelo empregador na Rais.

Calendário de 2026

O Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) já aprovou o calendário do PIS/Pasep de 2026, com início dos pagamentos em 15 de fevereiro. A previsão é beneficiar 26,9 milhões de trabalhadores, com a liberação de R$ 33,5 bilhões. Os valores ficarão disponíveis para saque até o último dia útil de dezembro de 2026, conforme o mês de nascimento do beneficiário. A consulta ao benefício poderá ser feita a partir de 5 de fevereiro.

A partir de 2026, o abono salarial passará por mudanças. O limite de renda para ter direito ao benefício será corrigido pela inflação medida pelo INPC e diminuirá gradualmente até alcançar o equivalente a 1,5 salário mínimo em 2035.