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“Mamografia não dói”, afirma enfermeira em entrevista sobre Outubro Rosa

Especialistas reforçam importância da prevenção e desmistificam medo da mamografia durante o Outubro Rosa

Por: Domynique Fonseca

20/10/202519:00

Na edição do programa Portal Esfera no Rádio, transmitido pela Itapoan FM (97,5) e comandado por Luis Ganem, o mastologista Dr. Luciano Campos e a enfermeira Georgia Ventura, da @clinicamastocare_, participaram de uma conversa sobre o Outubro Rosa, os cuidados preventivos e o combate aos tabus relacionados à mamografia, nesta segunda-feira (20).

Foto “Mamografia não dói”, afirma enfermeira em entrevista sobre Outubro Rosa
Foto: Pedro Henrique/ Portal Esfera

Durante a entrevista, o Dr. Luciano Campos destacou a importância do rastreamento precoce e lembrou que o Ministério da Saúde recomenda que mulheres a partir dos 40 anos realizem a mamografia anualmente, independentemente de sintomas ou histórico familiar. Ele também explicou que, em casos específicos, o exame pode ser antecipado conforme avaliação médica.

O mastologista ressaltou a evolução dos tratamentos e lembrou que, no passado, as cirurgias para câncer de mama eram altamente invasivas e mutiladoras.

“Antigamente, as mulheres perdiam toda a mama, os músculos peitorais e passavam por cirurgias muito agressivas. Hoje, felizmente, os procedimentos são mais conservadores, e a reconstrução mamária é um direito garantido por lei”, explicou.

Segundo ele, a reconstrução é fundamental para a autoestima e para o bem-estar emocional da mulher, já que a mama é um símbolo importante de feminilidade.

O médico também alertou para os fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a obesidade e o sedentarismo.

“A prática de atividade física regular, o controle do peso e hábitos de vida saudáveis são fatores protetores. Evitar o cigarro e a bebida alcoólica é essencial”, orientou.

Ao falar sobre o tratamento, o mastologista destacou a importância do equilíbrio emocional durante o processo de cura.

“A gente aprende desde a faculdade que metade da cura está na cabeça. O câncer de mama é apenas um capítulo da vida. O importante é focar na melhora, na família e seguir em frente”, afirmou.

A enfermeira Georgia Ventura também aproveitou o espaço para desmistificar o medo em torno da mamografia, que ainda afasta muitas mulheres dos exames preventivos.

“Muitas acham que o exame é extremamente doloroso, e isso é um mito. Fiz o meu recentemente, e hoje o procedimento é rápido e mais confortável, especialmente com os mamógrafos digitais. A orientação é apenas escolher o momento do ciclo menstrual em que as mamas estejam menos sensíveis”, explicou.

Georgia reforçou que o desconforto é mínimo e passageiro, e que o exame é fundamental para detectar precocemente alterações que podem salvar vidas.

“Não é para chorar nem sentir dor. É um exame simples, e precisa ser feito todos os anos”, completou.