A Operação Sinete desarticulou nesta quarta-feira, 26, um grupo especializado em fraudes documentais, grilagem de terras e lavagem de capitais em Feira de Santana e cidades próximas, após decisão judicial que autorizou 47 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária, com sete suspeitos já detidos.

Logo nas primeiras diligências, equipes apreenderam doze carros, duas motocicletas, quantias em dinheiro, joias e uma série de documentos relacionados ao esquema. Houve ainda o bloqueio judicial de valores, com teto de R$ 6 milhões por CPF e R$ 60 milhões por CNPJ dos alvos investigados.

Estrutura do esquema

As apurações conduzidas pelo Draco revelaram uma organização composta por servidores de cartórios, empresários, advogados, corretores de imóveis e agentes de segurança pública. O material colhido indica a existência de um sistema de falsificação e manipulação de documentos, incluindo o uso irregular de procurações, certidões e decisões judiciais para tomar posse de propriedades de forma clandestina, com relatos de coação e porte ilegal de armas.

Avanço das investigações

O inquérito evoluiu com apoio de interceptações telefônicas autorizadas, análises financeiras, diligências em campo e correições administrativas. Esse conjunto de provas sustentou o pedido das medidas cautelares e resultou no afastamento de servidores suspeitos. A operação contou com o suporte da FORCE, das corregedorias da PM e da Polícia Civil e da Corregedoria-Geral de Justiça, que atuaram simultaneamente para garantir a segurança das equipes e preservar os elementos do caso.

As investigações seguem em andamento para delimitar responsabilidades, ampliar a identificação de envolvidos e localizar o oitavo investigado com prisão decretada.