Médica é estuprada em consultório de UBS em Salvador; homem é preso
Profissional foi surpreendida por falso paciente, que tem histórico recente
Por: Redação
06/12/2025 • 08:46 • Atualizado
Uma médica de 33 anos foi alvo de estupro enquanto trabalhava na Unidade Básica de Saúde Sérgio Arouca, em Paripe, Subúrbio de Salvador. O caso ocorreu na manhã desta quinta-feira (4) e foi comunicado ao Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed). As polícias Civil e Militar confirmaram que um homem de 30 anos foi detido em flagrante.
Segundo o vice-presidente do Sindimed, Yuri Serafim, o suspeito entrou no consultório fingindo ser paciente, trancou a porta e retirou a roupa. Sozinha com ele, a médica tentou reagir, mas o homem passou a cometer atos libidinosos, avançou sobre a profissional e tentou agarrá-la. Ao tentar fugir, ela foi agredida.
A situação só foi interrompida quando um representante de medicamentos que estava na unidade percebeu algo estranho e entrou na sala. O agressor foi contido por funcionários e moradores até a chegada da polícia, sendo levado à Central de Flagrantes. De acordo com a Polícia Civil, ele realizou exames de lesões corporais e segue à disposição da Justiça.
Carta marcada
Funcionários relatam que o homem, paciente frequente da UBS Sérgio Arouca, já havia assediado outras trabalhadoras. Na data do ataque, disse buscar atendimento por causa de uma condição relacionada à fimose. Após o episódio, a direção da unidade iniciou um protocolo emergencial para reforçar a segurança.
Mesmo sem ter ocorrido penetração, a conduta do agressor pode ser tipificada como crime de estupro. Pela legislação brasileira, o crime é caracterizado quando a vítima é obrigada, mediante violência ou grave ameaça, a manter conjunção carnal ou a participar de qualquer ato de natureza sexual. Dessa forma, o delito se configura não apenas com o ato sexual completo, mas também com qualquer prática libidinosa imposta sem consentimento.
Em comunicado, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador lamentou o ocorrido e informou ter oferecido suporte psicológico e administrativo à médica. A pasta também anunciou que, desde sexta-feira (5), a unidade passou a contar com policiamento até que o novo sistema de vigilância por câmeras seja totalmente implantado.
