A antiga sede dos Correios, na Pituba, encontra-se em avançado estado de degradação e se tornou alvo constante de invasões e furtos. Criminosos entram no imóvel a qualquer hora do dia em busca de alumínio e cobre, causando preocupação entre moradores. O abandono do prédio se intensificou após a desativação do espaço, em 2018.

A estatal enfrenta dificuldades para vender o imóvel. Até julho deste ano, 15 tentativas já haviam sido realizadas. Desde então, outras três foram feitas sem sucesso. Agora, os Correios discutem uma nova data para o 19º leilão.

O prédio, com 35 mil metros quadrados e 17 pavimentos, acumula entulhos e dejetos no entorno. O valor mínimo atual de venda é de R$ 109 milhões  bem abaixo dos R$ 248 milhões pedidos inicialmente.

Para o 2º vice-presidente e diretor de Patrimônio do Creci-BA, José Alberto Vasconcellos, o tamanho do imóvel é o principal entrave. “É muito grande e está em uma área valorizada. Adaptar o prédio para outro uso exige alto investimento”, afirma. Ele destaca que os custos de adaptação ou demolição afastam investidores. “Os grandes espaços perderam atratividade com o avanço do trabalho remoto. Uma alternativa seria transformar em condomínio e vender o metro quadrado”, sugere.

O complexo inclui um edifício empresarial de 20 andares, prédio anexo com quatro pavimentos, auditório, restaurante, três portarias, estacionamento e pátios de manobra.