Depois de mais de um ano no aguardo de justiça, a família da menina Aisha Vitória foi surpreendida com o adiamento do julgamento do acusado de matar a criança em Pernambués, bairro de Salvador. O júri popular, que estava marcado para esta segunda-feira (10), foi adiado na sexta-feira (7), menos de três dias antes da data prevista.

“Recebemos a notícia com uma profunda revolta. Fomos informados apenas na sexta-feira à tarde, já no fim do expediente judicial”, contou Lívia.

O caso da garota de 8 anos chocou a localidade. No dia 22 de julho de 2024, por volta das 16h30, a vítima foi levada à força pelo vizinho Joseilson Souza da Silva, de 43 anos, quando voltava da casa da avó para a dos pais. A criança foi estuprada e estrangulada até a morte.

O corpo foi deixado durante a madrugada sobre sacos de entulho, a poucos metros de casa. Desde então, a família tem vivido um longo período de espera e sofrimento.

“É uma mistura de sentimentos: raiva, tristeza e principalmente impunidade”, desabafou a mãe em entrevista ao Portal Esfera.

Exame psicológico

A defesa do acusado teria solicitado um exame psicológico, o qual foi aceito pelo juiz do caso. “Fui informada pelo meu advogado e também pelo Ministério Público que o exame será realizado no DHPP. Teremos que aguardar o laudo médico ser concluído”, afirmou a mãe. 

Sem previsão de nova data para o julgamento, a família segue angustiada, após inúmeros atos e manifestações com pedido de justiça: “Chega de adiamento. Vamos a júri. Eu preciso descansar.”

A reportagem acompanha o caso e aguarda posicionamento das demais partes envolvidas.

*Em atualização