O novo boletim semanal InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (31) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta uma queda no número de casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e de Influenza A na maioria dos estados brasileiros. No entanto, o documento alerta para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas, associadas ao VSR, em algumas regiões.

Cenário Nacional

De acordo com o boletim, a maioria dos estados apresenta uma tendência de queda nos casos de VSR e Influenza A. No entanto, os estados do Amazonas, Roraima, Rio Grande do Norte e, mais recentemente, Rio Grande do Sul, observam um aumento no número de crianças pequenas com SRAG associada ao VSR.

O InfoGripe destaca que, nacionalmente, os casos de SRAG têm mostrado uma queda tanto em curto quanto em longo prazo, refletindo na diminuição das hospitalizações devido à Influenza A e VSR em diversas regiões do país. No entanto, ainda há um número elevado de casos de SRAG, especialmente entre crianças e idosos, o que preocupa as autoridades de saúde.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, destaca que, apesar da redução geral nos casos graves de Covid-19, o cenário ainda exige vigilância, especialmente pela persistência de SRAG em determinadas faixas etárias. “É essencial que a população, especialmente crianças e idosos, mantenha suas vacinas em dia contra a Covid-19 e a Influenza para prevenir formas graves da doença”, recomenda a especialista.

Situação no Ceará e nas Capitais

Embora o cenário nacional seja de queda, o estado do Ceará apresenta uma situação distinta, com aumento no número de casos de SRAG. Além disso, o boletim da Fiocruz destaca que, nas últimas duas semanas, apenas duas capitais, Campo Grande (MS) e Vitória (ES), estão em alerta para o risco elevado de SRAG.

Prevalência de Vírus nas Últimas Semanas

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 47,7% de VSR, 17,4% de Influenza A, 31% de rinovírus e 4% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Quanto aos óbitos, a predominância de vírus foi de 57,6% de Influenza A, 17,7% de VSR, 15,3% de rinovírus, 2,6% de Influenza B e 6,4% de Covid-19.

O boletim da Fiocruz reforça a necessidade de manter a vacinação em dia e continuar com as medidas de prevenção, principalmente para grupos mais vulneráveis.