Agosto: mês da campanha de combate à raiva em cães e gatos
Doença ataca sistema nervoso dos mamíferos e tem alta letalidade
Por: Gabriel Pina
09/08/2025 • 06:00
Conhecido como o “mês do cachorro louco”, agosto ganha esse nome devido à combinação do clima mais seco e frio com o período de cio das cadelas. Esse cenário costuma deixar os cães machos mais agitados, aumentando os riscos de brigas, fugas e mordidas. Mas o mês também marca a campanha nacional de prevenção contra a raiva canina.
A raiva é uma zoonose viral que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos, caracterizada por sintomas como agressividade e salivação excessiva. A transmissão ocorre principalmente por mordidas, arranhões ou lambidas em feridas abertas.
Nos cães, os sintomas aparecem rapidamente e se dividem em duas fases: a fase furiosa, com agressividade, salivação intensa e apatia, seguida da fase paralítica, com paralisia, dificuldade respiratória e coma.
Especialistas reforçam a gravidade da doença: a letalidade é de quase 100% após o surgimento dos sintomas, tanto em humanos quanto em animais.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2025 foram registrados 50 casos de raiva humana no Brasil, 22 deles transmitidos por morcegos e 9 por cães. Já entre 2015 e 2024, foram confirmados 241 casos da doença em cães e gatos, sendo 186 apenas em cães domésticos.
Diante disso, o médico-veterinário Francis Flosi alerta para a importância da vacinação como forma de prevenção:
“Manter seu pet vacinado é um ato de amor e responsabilidade. A saúde dele, da sua família e da sua comunidade depende disso. A raiva é uma doença com letalidade quase total, mas completamente evitável com uma simples dose de vacina por ano.”
A vacina antirrábica é gratuita e está disponível em centros de zoonoses e postos de saúde. A recomendação é vacinar cães e gatos a partir dos três meses de idade, incluindo fêmeas prenhes.
Relacionadas