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Trump reage à prisão de Bolsonaro e diz que situação é “uma pena”

Presidente dos EUA comenta prisão do ex-presidente brasileiro e volta a citar conversa recente

Por: Redação

22/11/202517:44Atualizado

A reação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, movimentou o debate político internacional neste sábado, 22, após ele afirmar que a prisão de Jair Bolsonaro é “uma pena”. A declaração ocorreu durante uma coletiva, quando Trump foi questionado por repórteres sobre o caso envolvendo o ex-presidente brasileiro.

Foto Trump reage à prisão de Bolsonaro e diz que situação é “uma pena”
Foto: Alan Santos / PR

Ao ser novamente instado a responder, o republicano demonstrou surpresa e disse que “na noite passada, conversou com o cavaleiro de quem vocês estão falando”, indicando possível confusão com o presidente Lula. A resposta chamou atenção, já que não ficou claro se Trump compreendeu de imediato que a pergunta se referia a Bolsonaro.

Encontro anterior e declarações sobre Bolsonaro

Durante uma agenda em Kuala Lumpur, em outubro, Trump já havia elogiado Bolsonaro ao encontrá-lo ao lado de Lula. Na ocasião, o presidente dos EUA afirmou sentir empatia pelo ex-mandatário brasileiro. “Me sinto muito mal pelo que aconteceu com ele. Sempre achei que ele era direto, mas ele passou por muita coisa”, disse Trump ao comentar o histórico recente do aliado, condenado por crimes contra o Estado Democrático de Direito.

O republicano reforçou que, apesar das turbulências políticas no Brasil, sempre manteve uma boa relação com Bolsonaro. A fala repercutiu entre apoiadores e críticos do ex-presidente brasileiro.

Disputa de narrativas após retirada de tarifa

Outro movimento recente de Trump também gerou impacto no Brasil. A decisão do governo americano de retirar a tarifa adicional de 40 por cento sobre produtos agrícolas brasileiros abriu uma disputa de discursos entre o Palácio do Planalto e o deputado Eduardo Bolsonaro. O governo federal atribuiu o alívio tarifário às negociações conduzidas por Lula e pela diplomacia brasileira.

Em sentido oposto, Eduardo Bolsonaro minimizou a participação do Itamaraty e afirmou que a mudança ocorreu por razões internas dos Estados Unidos. O decreto assinado por Trump cita explicitamente o avanço das tratativas com Lula na Malásia, o que foi interpretado como vitória da diplomacia do governo atual.

A ministra Gleisi Hoffmann comemorou o resultado e classificou a citação direta ao presidente Lula como “vitória do Brasil”. Segundo ela, o gesto de Trump demonstrou que o país voltou a ser ouvido internacionalmente.