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Presidente do União Brasil é citado em reunião com suspeito do PCC

Rueda nega qualquer envolvimento com negociações e diz que acusações são infundadas

Por: Redação

10/10/202510:31Atualizado

O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, foi citado em uma reportagem por supostamente ter participado de uma reunião com Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, apontado pela Polícia Federal (PF) como integrante de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Foto  Presidente do União Brasil é citado em reunião com suspeito do PCC
Foto: Divulgação/União Brasil

Segundo a publicação, o encontro teria ocorrido em abril de 2024, em Brasília, e teria sido intermediado pelo próprio Rueda. O objetivo seria discutir a venda da empresa TankGás, do setor de gás de cozinha (GLP), que possuía ligação com pessoas investigadas por movimentações financeiras ilícitas. Um mês depois, a empresa foi vendida para a Consigaz, sediada em São Paulo.

As investigações conduzidas pela PF e pelo Ministério Público de São Paulo apontam que “Beto Louco” e seu parceiro, Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, comandariam um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo fraudes no setor de combustíveis e investimentos na região da Faria Lima, em São Paulo. Ambos estão foragidos.

A reportagem também revelou que os dois atuavam no mercado de gás de cozinha e mantinham vínculos empresariais suspeitos. O piloto Mauro Mattosinho, ex-funcionário da +Táxi Aéreo Piracicaba, afirmou à PF que Rueda, “Beto Louco” e “Primo” utilizavam aeronaves da mesma empresa e que o presidente do União Brasil seria sócio oculto de quatro aviões, o que ele nega.

Em nota, Antonio Rueda rejeitou qualquer envolvimento com o caso e negou conhecer os investigados.

“Repudio de forma veemente essas insinuações levianas e politizadas. Desconheço qualquer reunião ou tratativa mencionada e nego, categoricamente, qualquer vínculo com o que foi citado”, declarou.

O dirigente partidário reforçou ainda que sua trajetória é marcada pela transparência: “Nunca tive nenhuma reunião sobre esse tema, não conheço essa empresa. Trata-se de uma tentativa de criar fatos inexistentes, sem base ou responsabilidade. Minha vida empresarial e política é pautada pela ética e pelo trabalho”, completou.