A permanência de Jair Bolsonaro na superintendência da Polícia Federal desde sábado tem ocorrido sem registros de comportamento alterado, segundo relatos repassados à CNN Brasil. O ex presidente está detido em uma sala de doze metros quadrados e mantém rotina considerada estável pelos agentes que acompanham o caso.

Logo nas primeiras horas de custódia, observou se que Bolsonaro circula pelo espaço reservado, sempre caminhando de um lado para o outro enquanto acompanha a programação da televisão, hábito que tem ocupado boa parte do seu tempo.

Defesa insiste em prisão domiciliar humanitária

No domingo, a equipe jurídica do ex presidente voltou a solicitar que ele seja transferido para prisão domiciliar humanitária, alegando que, apesar da recuperação emocional mencionada pelos médicos, ainda há comorbidades físicas decorrentes da facada sofrida em 2018. A defesa reforça que o quadro clínico exige cuidados específicos que não estariam plenamente garantidos no ambiente atual.

Conforme o posicionamento dos profissionais de saúde, a ruptura da tornozeleira eletrônica teria sido consequência de um surto psíquico provocado por efeito colateral de um medicamento ministrado sem conhecimento da equipe responsável pelo acompanhamento do ex presidente.

Decisão que motivou a prisão

Por fim, vale lembrar que a tentativa de romper o equipamento com um ferro de solda motivou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que decretou a prisão de Jair Bolsonaro ainda na madrugada de sábado. O episódio foi considerado grave e suficiente para justificar a ordem de detenção imediata.