Abin Paralela: Como Bolsonaro e filhos teriam sido beneficiados
Investigações revelam exemplos de supostas ações em favor de Jair Renan, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro
Por: Felipe Santana
19/06/2025 • 10:46
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, retirar o sigilo do inquérito da investigação sobre a “Abin Paralela” nesta quarta-feira (18), foram revelados alguns detalhes do suposto uso indevido da estrutura pública para a proteção de filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ministro ponderou que a retirada do sigilo foi algo necessário para evitar a circulação de informações inadequadas sobre as apurações, uma vez que houve vazamentos pontuais. A “Abin Paralela”, é apresentada na investigação da PF como uma organização que teria feito uso da estrutura institucional da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para proteção de aliados e perseguição a opositores da família Bolsonaro.
As investigações revelam exemplos de supostas ações da “Abin Paralela” em favor de Jair Renan, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, três dos filhos do ex-presidente. Apesar de não ser um dos indiciados, o ex-presidente Bolsonaro é apontado na investigação como “principal destinatário” de “ações clandestinas” e da “instrumentalização” da “Abin Paralela”.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), um dos 34 indiciados pela PF, aparece com destaque no inquérito. Ele é apontado como destino principal e “beneficiário direto” das informações coletadas de forma ilegal.
De acordo com o Estadão, a Polícia Federal liga uma série de monitoramentos ilegais aos interesses do ex-presidente e de sua família. Os investigadores mencionam dossiês supostamente produzidos pela Abin para tentar inferir em inquéritos contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por suspeita de rachadinha, e o vereador Jair Renan (PL), por indícios de tráfico de influência.
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