Lucas Reis defende renovação política e diálogo na Bahia
Chefe de gabinete de Jaques Wagner, destaca trajetória na militância e avanço de nova geração no PT
Por: Domynique Fonseca
05/12/2025 • 13:00 • Atualizado
O chefe de gabinete do senador Jaques Wagner (PT-BA) e pré-candidato a deputado federal em 2026, Lucas Reis (PT-BA), foi o entrevistado desta sexta-feira (5) no Portal Esfera no Rádio, da Itapoan FM (97,5). Apresentado por Luis Ganem, o programa discutiu sua trajetória na militância estudantil, ascensão na política da Bahia e a função de uma nova geração no Partido dos Trabalhadores.
Criado no bairro de Cajazeiras, em Salvador, Lucas Reis relembrou que sua entrada na política veio da vivência como estudante da rede pública e das dificuldades que observava no cotidiano.
“Cheguei na política como todo jovem, pobre, que identifica problemas na escola e na universidade e percebe que precisa se organizar para lutar por melhorias”, afirmou.
A militância começou ainda no movimento estudantil, na UNEB, onde cursou Direito e se tornou coordenador geral do DCE, rodando diversas cidades baianas.
Com forte vínculo familiar com Valença, cidade onde viveu ao ingressar na universidade, Reis destacou que a experiência no movimento estudantil abriu portas para sua atuação institucional. Em 2009, passou a trabalhar com o então deputado federal Emiliano José, referência em educação e cultura. Depois, integrou a equipe do ex-governador Valdir Pires na Câmara de Salvador, entre 2013 e 2016.
Em 2016, se candidatou a vereador pela capital, mesmo diante do cenário adverso da política nacional e de uma disputa marcada pela ampla vantagem do então prefeito ACM Neto. “Foi terra arrasada”, lembrou. Apesar disso, obteve pouco mais de dois mil votos, experiência que, segundo ele, fortaleceu um novo grupo de jovens quadros dentro do PT.
Nova geração no PT na Bahia
Reis afirmou que sua trajetória se entrelaça ao surgimento de uma geração que ganhou protagonismo no partido, contribuindo para vitórias internas e externas, como a eleição de Éden Valadares para a presidência estadual do PT em 2019 e a coordenação da campanha do governador Jerônimo Rodrigues em 2022.
“É uma nova geração preparada para ajudar o povo da Bahia pelos próximos 20, 30 anos”, refletiu.
Para o pré-candidato, a renovação interna é necessária para que o partido dialogue com diferentes faixas etárias e linguagens.
“O PT de 1980 não é o mesmo de hoje, assim como a sociedade não é. Temos que ter gente de todas as gerações para conversar com todos”, pontuou.
Ele também defendeu a política como arte da convergência, destacando que a maioria dos parlamentares, mesmo de campos opostos, busca o diálogo. Citou, inclusive, boa relação com lideranças de partidos adversários, como os deputados Léo Prates (PDT-BA), Adolfo Viana (PSD-BA) e o secretário Cacá Leão.
“O barulho dos extremos faz parecer que a polarização é a maioria, mas não é. No dia a dia de Brasília, o que mais vejo é gente querendo compor e resolver os problemas”, concluiu.
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