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Jerônimo cede inteligência da Bahia para ajudar o Rio em megaoperação

Governador anunciou apoio para identificar baianos entre os mortos e presos da ação que já deixou mais de 130 vítimas

Por: Redação

30/10/202508:58

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou nesta quarta-feira (29) que o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) foi colocado à disposição do Rio de Janeiro para auxiliar nas investigações da megaoperação em curso no estado.

Foto Jerônimo cede inteligência da Bahia para ajudar o Rio em megaoperação
Foto: Jacque Almeida/ Governo do Estado da Bahia

A declaração foi feita durante a posse do novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), no Palácio do Planalto, em Brasília. Segundo o governador, a colaboração da Bahia vai permitir cruzar dados e identificar possíveis envolvidos de origem baiana entre os mortos e presos na ação.

A operação, que já deixou mais de 130 mortos, tem como foco o combate ao tráfico de drogas e à atuação de facções criminosas.

“Nós disponibilizamos o setor de inteligência com informações para a inteligência do Rio, até para confrontar esses dados das pessoas que estão sendo colocadas como baianas, que estavam envolvidas nas mortes ou presas. É uma forma de ajudar no cruzamento das informações entre as inteligências”, afirmou Jerônimo.

Mortos na operação incluem integrantes do CV na Bahia

Até o momento, cinco suspeitos baianos foram mortos durante a operação no Rio. Entre eles está Júlio Souza, que atuava em Salvador, além de outros quatro criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) em Feira de Santana.

De acordo com o delegado da cidade, Gustavo Coutinho, um dos mortos é Diogo Garcez Santos Silva, conhecido como DG, apontado como líder do CV no município. Ele exerceria influência direta sobre comunidades na região da Penha, no Rio de Janeiro.

As forças de segurança estimam que, somando mortos e feridos, o número de baianos localizados durante a megaoperação chegue a 18.

Confronto deixa mais de 100 presos e dezenas de armas apreendidas

Deflagrada na terça-feira (28), a Operação Contenção tinha como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho. Segundo a Polícia Civil, entre os mortos estão lideranças de outros estados que se refugiavam em comunidades do Rio, além de quatro policiais.

Ao todo, 113 suspeitos foram presos e 10 menores apreendidos. Os agentes recolheram 118 armas, sendo 91 fuzis, além de explosivos e drogas. A ação mobilizou 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público.