O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República neste sábado (16), em um evento do partido em São Paulo. Em seu discurso, Zema criticou diretamente o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o Partido dos Trabalhadores (PT), mas evitou mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O lançamento da pré-candidatura acontece em um momento em que vários políticos de direita buscam se posicionar para as próximas eleições, após a inelegibilidade de Bolsonaro. O evento, que foi fechado ao público, contou com a presença de figuras proeminentes do Novo, como o deputado federal Marcel Van Hatten e o ex-procurador Deltan Dallagnol.

O Discurso

Zema entrou no palco ao som de "Que País É Este?", da Legião Urbana, e iniciou sua fala exaltando os resultados de sua gestão em Minas Gerais. Ele defendeu reformas no Estado para acabar com o que chamou de "privilégios".

O governador foi direto em seus ataques, prometendo "acertar as contas com os três maiores problemas do país: o lulismo, os parasitas do Estado e as facções criminosas". Ele também manifestou sua intenção de "acabar com abusos e perseguições de Alexandre de Moraes", referindo-se às decisões do ministro do STF.

Questionado sobre a possibilidade de desistir da candidatura a pedido de Bolsonaro, Zema disse que a decisão "vai depender das conversas" futuras. No evento, ele também defendeu a saída do Brasil do Brics e criticou, de forma indireta, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, afirmando que em Minas Gerais a polícia consegue acessar todos os locais, sem a presença de facções que dominam vias públicas.