O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi autorizado a deixar a prisão domiciliar neste sábado (16) para realizar exames médicos em um hospital particular de Brasília. A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão que impôs condições rigorosas para a saída.

A equipe de defesa de Bolsonaro apresentou o pedido com o argumento de que os exames são necessários para dar continuidade ao tratamento com medicamentos, reavaliar sintomas de refluxo, soluços persistentes e avaliar seu estado geral de saúde. Após a realização dos exames, os advogados terão até 48 horas para apresentar o atestado médico que comprove a necessidade da liberação.

A permissão judicial complementa medidas anteriores, que já autorizavam a presença de médicos escolhidos pela defesa no local onde Bolsonaro estava cumpre pena domiciliar, sem necessidade de comunicação prévia ao STF, desde que respeitadas as medidas cautelares.

Além disso, Moraes determinou que, em caso de internação de urgência, a situação será amparada judicialmente, desde que comunicada no máximo em 24 horas após o ocorrido, acompanhada da devida comprovação médica.

O histórico de saúde do ex-presidente continua sendo delicado desde o atentado de 2018, em Juiz de Fora (MG). Ele já foi submetido a nove cirurgias e ao menos 13 internações hospitalares para tratar complicações decorrentes da facada, incluindo aderências abdominais e obstruções intestinais graves. A última cirurgia ocorreu em abril deste ano.