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Imóvel de Barroso em Miami custou R$ 22 mi e foi comprado à vista

Apartamento de luxo na ilha de Key Biscayne foi adquirido por meio de empresa familiar antes da posse no STF

Por: Felipe Santana

14/08/202517:30

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, adquiriu um imóvel de alto padrão em Miami, avaliado em US$ 4,1 milhões (aproximadamente R$ 22 milhões), pago integralmente à vista, sem recorrer a financiamento bancário. Localizado na ilha de Key Biscayne, o apartamento faz parte de um condomínio de luxo voltado para o mar, com infraestrutura completa e alto nível de segurança, características comuns em imóveis de alto valor na região.

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Foto: Reprodução: Metrópoles

A compra do imóvel ocorreu ainda na planta em 2013, antes da posse de Barroso no STF, e foi formalizada em 2014. O registro do apartamento está em nome da Telube Florida LLC, uma empresa familiar criada para gerenciar propriedades no exterior e que reúne as iniciais dos membros da família do ministro. Essa estratégia de registro é comum para organização patrimonial e planejamento sucessório, especialmente para brasileiros que adquirem bens fora do país.

Segundo especialistas do mercado imobiliário, propriedades semelhantes em Key Biscayne atualmente estão avaliadas em torno de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 27 milhões), refletindo a valorização contínua da região. O vendedor do imóvel foi o bilionário argentino Eduardo Constantini, fundador do grupo de investimentos Consultatio e conhecido por atuar no setor de imóveis de luxo.

A aquisição do imóvel gerou discussões sobre a transparência e o vínculo financeiro de autoridades brasileiras com o exterior, especialmente quando se trata de ministros do STF. Embora a compra tenha ocorrido antes da posse, o valor expressivo e a forma de pagamento à vista chamam atenção, sendo alvo de análises por órgãos e especialistas que acompanham patrimônio de agentes públicos.

O ministro Barroso não comentou publicamente sobre a aquisição do apartamento, mas documentos do registro indicam que todos os trâmites legais e tributários foram seguidos. A transação demonstra como autoridades brasileiras utilizam estruturas empresariais para administrar bens internacionais, estratégia que busca facilitar questões jurídicas, fiscais e administrativas relacionadas a propriedades no exterior.

Além do valor de mercado, o apartamento em Key Biscayne oferece uma vista privilegiada do oceano Atlântico, acesso a marinas privadas, áreas de lazer e segurança 24 horas, características que tornam o imóvel altamente desejável entre investidores e residentes de alto poder aquisitivo. A região é tradicionalmente procurada por famílias estrangeiras, celebridades e empresários, reforçando a exclusividade do empreendimento.

A revelação da aquisição volta a colocar em pauta o debate sobre o patrimônio de ministros e a relação de autoridades brasileiras com bens no exterior, especialmente quando esses imóveis estão vinculados a empresas familiares. O caso evidencia a importância da transparência na gestão de patrimônio de agentes públicos, tema recorrente em discussões sobre ética, governança e responsabilidade fiscal.