Após polêmica, COP30 libera açaí, maniçoba e tucupi
Após críticas e pressão do governo, organização da conferência volta atrás e autoriza pratos típicos paraenses
Por: Lorena Bomfim
17/08/2025 • 12:00 • Atualizado
Após intensa repercussão e mediação do governo, os alimentos típicos da culinária paraense como açaí, maniçoba e tucupi, foram reinsertos nos cardápios oficiais da COP30, que acontece em novembro em Belém. A exclusão desses itens havia sido determinada inicialmente por um edital da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), que regula a operação dos restaurantes e quiosques da conferência.
O veto se baseava em supostos riscos sanitários: o açaí, por exemplo, foi apontado como possível vetor do protozoário da doença de Chagas, caso não fosse pasteurizado; já o tucupi e a maniçoba foram considerados potencialmente tóxicos se não seguissem processos rigorosos de produção.
Após reação imediata do público, da área gastronômica local e do Governo Federal, especialmente por meio do ministro do Turismo, Celso Sabino, a OEI revisou o documento. Em nova versão do edital, todos os vetos foram retirados, permitindo que os pratos tradicionais estejam presentes na conferência, uma vitória que reforça a valorização da identidade amazônica em um evento global.
O Ministério do Turismo ressaltou ainda que Belém é considerada cidade criativa da gastronomia pela Unesco e foi incluída entre as dez melhores gastronomias do mundo pela revista Lonely Planet, argumentos que fortaleceram a defesa da permanência dos alimentos regionais no evento.
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