'Sempre fiz música para a eternidade’, diz Lazzo
Cantor comentou sobre atual fase da carreira e show inédito no “Zona Mundi” em entrevista ao Portal Esfera
Por: Gabriel Pina
15/09/2025 • 10:41 • Atualizado
Com 44 anos de carreira, Lazzo Matumbi mostra que ainda sabe contagiar o público como ninguém. Na noite deste domingo (14), o cantor baiano fechou a 10ª edição do festival “Zona Mundi”, no Trapiche Barnabé, com um show inédito ao lado da cantora Céu. Carregado de hits cheios de “swing”, a apresentação revelou que a obra do ex-integrante do Ilê Aiyê tem conquistado um novo público, fazendo uma nova geração de fãs cantar em coro seu samba-reggae. O Portal Esfera conversou com Lazzo, que comentou sobre a ideia do show, além do atual momento de sua carreira.
De onde surgiu a ideia de unir Lazzo Matumbi e Céu neste show?
“A ideia foi do festival de reunir pessoas mais antigas com pessoas mais novas. Então assim, quando me disseram: ‘Lazzo, a gente tá querendo convidar a Céu pra cantar com você. Você topa?’ Falei, cara, super feliz, vamos trocar essa energia. E foi lindo. A Céu é uma figura muito doce. Então, trazer Céu pra um arranjo legal, pra ela cantar a música dela, poder botar a banda pra tocar essa música junto com ela. Então foi tudo lindo.”
Gabriel Pina/Portal Esfera
Para além do palco, a gente percebe a presença de um público jovem em seus espetáculos. Como você enxerga esse encontro de gerações que vem acontecendo no seu público?
“Na realidade eu sempre fiz música pra eternidade. Eu nunca fiz música para ser uma coisa atingir o sucesso imediato. Eu sempre fiz música para ela permanecer como música, porque na verdade eu não faço sucesso, eu faço arte. E a arte se torna sucesso por si, naturalmente. Então as pessoas curtiram, curtem, continuam cantando música. A música (Me abraça e me beija) foi gravada em 1988, então eu fico super feliz quando vejo isso acontecer”.
E você notou que, na hora de “Me abraça e me beija”, o público formou um coral?
“Foi massa, foi lindo. O público baiano tem isso. Quero cantar com você. Então foi tudo acontecendo, em grande estilo”.
Gabriel Pina/Portal Esfera
Ultimamente, você tem feito mais participações em festivais. Semana passada, estava no Coala, em São Paulo, e já está confirmado em mais um que ocorrerá em novembro. O que tem te feito embarcar nesse formato de show?
“Cada vez que você tem a oportunidade de ampliar o seu trabalho e mostrar pra mais gente. A gente só fica feliz porque de um certo modo a gente sabe que por conta disso ou daquilo sempre travam a gente, sempre atrapalham um pouco, fecham as portas, mas quando a ancestralidade resolve abrir, ela abre de forma linda e a gente aceita com bastante humildade. Sempre que vem eu vou aceitar o convite e agradecer”.

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