Logo

Ex-bailarina do Faustão relata traumas da prisão: “Só chora e não dorme”

Natacha Horana descreve rotina precária, sofrimento emocional e reafirma inocência após quatro meses presa

Por: Redação

19/11/202509:24

A influenciadora e ex-bailarina do “Domingão do Faustão”, Natacha Horana, revelou detalhes sobre os quatro meses em que permaneceu presa entre novembro do ano passado e março deste ano. Detida sob suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa, a musa da Gaviões da Fiel afirma ter sido surpreendida pela operação e voltou a defender sua inocência em entrevista ao podcast PodShape, apresentado por Juju Salimeni.

Foto Ex-bailarina do Faustão relata traumas da prisão: “Só chora e não dorme”
Foto: Reprodução/Instagram

Segundo Natacha, a prisão aconteceu de forma inesperada em sua residência, em São Paulo. “Chegaram na minha casa e me prenderam. Falaram que era por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Eu perguntei ‘por quê?’ e responderam: ‘pergunta para o seu advogado’”, contou. Ela relatou ainda que, durante a audiência de custódia, não teve espaço para apresentar sua versão. “A juíza só perguntou se tinham me batido. Como eu disse que não, ela decidiu manter a prisão. Fiquei sem entender nada.”

A chegada à penitenciária em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi descrita por ela como um dos momentos mais difíceis. “Medo, pânico. Pensei: ‘posso morrer aqui’. Você não dorme, não come, só chora. Dividi cela com 16 mulheres, mas só havia espaço para oito. Colchão eram uns quatro. A gente se revezava para dormir”, relembrou.

Natacha afirmou que o período no cárcere deixou marcas profundas. “Não desejo isso nem ao meu pior inimigo. Você sofre por algo que não fez, sua família sofre e o mundo fala de você sem saber da verdade”, desabafou.

A influenciadora contou também que, ao deixar a prisão, enfrentou forte abalo emocional. “Tive depressão, síndrome do pânico. Queria me esconder. Foram dez anos construindo uma imagem, e tudo pode desmoronar em um instante: sua liberdade, sua vida emocional e financeira.”

Ela descreveu ainda problemas com a alimentação dentro da penitenciária, apontando condições insalubres. “Chegava comida estragada, fruta podre. Às vezes a comida vinha misturada, passada do tempo. Passei o Natal comendo ovo podre”, relatou.

Natacha afirma que ganhou 10 kg durante o período preso devido a uma crise emocional e segue tentando reconstruir sua rotina após deixar o cárcere.