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Finais injustos nas telonas de Hollywood

Desfechos que frustraram fãs e elenco

Por: Ana Beatriz Fernandez Martinez

22/06/202512:00

 

Posters de filmes
Foto: Divulgação

Alguns personagens conquistam o público, tornam-se essenciais para a trama e, ainda assim, acabam tendo destinos frustrantes nas telas. Seja por decisões de bastidores, cortes de roteiro ou conflitos entre atores e estúdios, diversas mortes no cinema geraram controvérsia, tanto entre fãs quanto entre os próprios intérpretes.

Marcus Chong viveu Tank, operador da nave Nabucodonosor, no primeiro "Matrix" (1999). Apesar da importância de seu papel, ele não retornou nas sequências. O motivo? Um desentendimento contratual com a Warner Bros. resultou na exclusão do personagem, cuja morte sequer foi mostrada em cena. Chong não escondeu a insatisfação e criticou o que chamou de um sumiço sem dignidade dentro da história.

Anunciado como figura central em "Godzilla" (2014), Bryan Cranston gerou expectativa entre os fãs. No entanto, seu personagem, Joe Brody, foi eliminado logo na primeira metade do filme. Surpreso ao saber da morte precoce após aceitar o projeto, Cranston chegou a dizer que jamais teria topado se soubesse do roteiro final. Para ele, foi uma quebra de confiança com o público e com seu trabalho.

Em "Halloween: Ressurreição" (2002), Laurie Strode, papel icônico de Jamie Lee Curtis, é morta de forma abrupta por Michael Myers. A cena — em que ela é esfaqueada e jogada de um telhado — foi amplamente criticada. A própria atriz confessou que só participou por obrigação contratual e que considera essa morte uma das piores decisões da franquia.

Em "Star Trek: Generations" (1994), o lendário Capitão Kirk, interpretado por William Shatner, é soterrado após o colapso de uma ponte. O ator achou o final simplório para um personagem tão marcante na história da ficção científica. Segundo ele, os produtores deixaram claro que, caso ele recusasse retornar, o personagem desapareceria fora de cena.

Originalmente, Saruman teria uma morte com gritos em “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” (2002). Mas Sir Christopher Lee, que também foi soldado e tinha conhecimento técnico sobre mortes reais, insistiu para que a queda de seu personagem fosse silenciosa, em nome do realismo. A mudança trouxe um impacto inesperado e elevou a força dramática da cena.

Para Mark Hamill, o fim de Luke em "Os Últimos Jedi" (2017) veio antes do tempo. O ator acreditava que seu personagem teria papel decisivo até o final da nova trilogia. Sua saída precoce, após uma única grande cena, foi decepcionante. Hamill chegou a expressar publicamente que esperava mais profundidade e continuidade para o lendário Jedi.

Conhecido por dar vida a personagens intensos e, geralmente, condenados à morte, Sean Bean ficou marcado por papéis como Boromir em "O Senhor dos Anéis" e Ned Stark em "Game of Thrones". O ator passou a recusar papéis com destino fatal, cansado da previsibilidade e da repercussão imediata: “Se estou no elenco, todos já esperam que eu morra”. A decisão trouxe novos rumos à sua carreira.