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Spotify anuncia nova liderança com dupla de co-CEOs em 2026

Daniel Ek deixa cargo de CEO e assume presidência executiva

Por: Redação

04/10/202508:20Atualizado

Um dos principais streaming de música, o Spotify, anunciou uma significativa mudança em sua estrutura de liderança: Daniel Ek, cofundador e CEO da empresa desde 2008, deixará o cargo máximo a partir de 1º de janeiro de 2026. Ek passará a atuar como presidente executivo, concentrando-se no planejamento de longo prazo e na alocação de recursos.

Spotify
Foto: Divulgação

Novos CEOs 

A companhia passará a ser liderada por uma dupla de co-CEOs: Gustav Söderström, atual diretor de produtos e tecnologia, e Alex Norström, diretor comercial.

Segundo comunicado do Spotify, Söderström e Norström assumirão o desenvolvimento estratégico e a execução operacional da empresa, uma função que já vinham desempenhando na prática desde 2023. Ambos se reportarão a Ek e farão parte do Conselho de Administração, dependendo da aprovação dos acionistas.

"Nos últimos anos, deleguei grande parte da gestão diária e da direção estratégica do Spotify para Alex e Gustav... Essa mudança simplesmente alinha os cargos à forma como já operamos," afirmou Daniel Ek.

A plataforma, que iniciou suas atividades em 2008, ostenta números impressionantes: são mais de 100 milhões de músicas, 7 milhões de títulos de podcasts e 350 mil audiolivros, totalizando mais de 696 milhões de usuários, dos quais 276 milhões são assinantes.

As Polêmicas

A mudança de função de Ek ocorre em um momento em que ele tem sido alvo de controvérsias, principalmente devido a um investimento pessoal.

O fundador do Spotify investiu na Helsing, uma startup alemã que fabrica drones de combate com inteligência artificial. Com mais de US$ 1 bilhão recebido, a Helsing se tornou a maior startup de defesa da Europa, avaliada em US$ 12 bilhões, segundo a Reuters.

O investimento gerou forte reação no meio musical, resultando no protesto de bandas como Massive Attack, King Gizzard & the Lizard Wizard e Hotline TNT, que removeram suas músicas do Spotify. O Spotify não se manifestou sobre o caso, mas fez referência a uma nota da Helsing, que assegura que sua tecnologia é usada apenas por nações europeias para defesa contra a Rússia na guerra da Ucrânia, negando o uso em outras zonas de conflito.

Além dessa polêmica, Ek já foi criticado em outras ocasiões por disputas relacionadas ao pagamento de artistas e decisões controversas no investimento em podcasts. Seus defensores, no entanto, creditam a ele o mérito de ter combatido a pirataria ao estabelecer um modelo de streaming legal. Os críticos, por outro lado, alertam para o excesso de poder que o Spotify exerce sobre a indústria musical, o que impacta especialmente as gravadoras independentes.