IA ajuda a resgatar rostos da história no Arquivo da Bahia
Projeto busca reconstruir imagens de pessoas escravizadas e libertas
Por: Victor Hugo Ribeiro
30/07/2025 • 18:43 • Atualizado
A Inteligência Artificial (IA) está prestes a revolucionar o trabalho do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB). O órgão lançou o Projeto Fragmentos de Memória, parte do programa Resgate Ancestral, com o objetivo ambicioso de recuperar imagens históricas por meio da tecnologia de IA.
Liderada pelo diretor do APEB, Jorge X, e com a gerência de Adalton Silva, da Coordenação de Preservação, a iniciativa visa humanizar os registros de pessoas escravizadas e libertas na Bahia Colonial e Imperial, atribuindo rostos à história.
A metodologia do projeto está dividida em três fases cruciais: primeiro, a digitalização de passaportes de indivíduos escravizados e libertos; em seguida, um levantamento iconográfico abrangente, que inclui dados de pesquisas acadêmicas e trabalhos visuais; e, por fim, a criação de comandos específicos para gerar os registros visuais finais.
Atualmente, o Projeto Fragmentos de Memória encontra-se em sua etapa inicial, focando na coleta e restauração de dados, como fotografias, gravuras e litografias. Esse material será fundamental para "alimentar" a IA e garantir a melhor qualidade possível nos resultados. "Este projeto transforma documentos frios em rostos cheios de histórias. É um ato de justiça simbólica", declarou Jorge X, diretor do APEB.
Algumas imagens preliminares já foram geradas, servindo como estudos iniciais a partir de testes de prompts e da restauração digital de fotos antigas. No entanto, o resultado final será divulgado apenas em novembro de 2025, após um rigoroso processo de validação histórica conduzido em conjunto por consultores e pela equipe do APEB.
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