O aluguel de celulares tem se consolidado como uma alternativa em expansão no Brasil, especialmente entre consumidores que desejam utilizar modelos de última geração sem precisar comprá-los. Dados divulgados pela empresa de tecnologia Allu mostram que, apenas no primeiro semestre de 2025, mais de 30 mil smartphones foram alugados no país — um aumento de 158% em comparação ao mesmo período de 2024.

A popularização do modelo de assinatura pode estar relacionada ao aumento de crimes envolvendo celulares. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mais de 910 mil aparelhos foram furtados ou roubados em 2024. Capitais como São Luís, Belém, São Paulo e Salvador lideram os índices de ocorrência.

Com o aluguel, consumidores têm acesso a smartphones topo de linha, como os modelos mais recentes de iPhone e Samsung Galaxy, por valores mensais reduzidos em comparação à compra tradicional. Um iPhone 16 Pro Max, por exemplo, que custa cerca de R$ 1.041 mensais em 12 parcelas, pode ser alugado por aproximadamente R$ 630 por mês. Já um Galaxy S25 tem valores de locação próximos de R$ 419.

O formato tem atraído, principalmente, usuários que trocam de celular com frequência ou que preferem evitar a desvalorização do aparelho na revenda. Outro atrativo são os pacotes complementares oferecidos pelas empresas locadoras, que incluem seguro contra roubo e suporte técnico.

Com a alta na demanda, empresas do setor chegaram a registrar listas de espera para alguns modelos. O cenário indica que o aluguel de celulares, antes considerado incomum, começa a se consolidar como uma solução prática, segura e financeiramente mais acessível para muitos brasileiros.