As fraudes realizadas por golpistas na internet têm deixado os consumidores cada vez mais preocupados com o ambiente virtual. Dessa vez, os golpes chegam até as vítimas em e-mails patrocinados.

Na prática, o estelionatário paga à plataforma para que ela envie a mensagem. Para enganar o consumidor são usadas algumas armadilhas, como forma de dar a impressão que a mensagem é verdadeira. 

Alguns utilizam a plataforma do próprio Google. Na caixa de entrada do Gmail, a mensagem é apresentada com a logomarca dos Correios. Eles se identificam como "Portal Encomendas" e destaca no título do e-mail que um suposto pedido está pendente.

De acordo com apurações do Jornal Nacional, a mensagem diz que existe uma encomenda aguardando regularização e oferece a armadilha: o link para que a pessoa que recebeu a mensagem inicie a suposta liberação do produto. Com isso, o falso site pede dados pessoais como: endereço, número de telefone, da identidade e até do passaporte.

Na sequência, solicita a vítima número do CPF, simulando um rastreamento da encomenda. O golpe é conhecido como "phishing". Um outro detalhe que chama a atenção é que a mensagem falsa no Gmail informa que se trata de e-mail patrocinado. Ou seja: o remetente pagou ao Google pelo envio daquela mensagem a grupos de pessoas.

Os Correios voltaram a esclarecer que não enviam mensagens por e-mail, SMS ou WhatsApp sobre objetos bloqueados ou pagamento de taxas; que monitoram essas fraudes contra clientes e, sempre que necessário, denunciam os casos à Polícia Federal.

Já o Google declarou que tem políticas de publicidade que os anunciantes devem seguir, e que usa uma combinação de revisão humana e inteligência artificial para identificar possíveis violações; e que só em 2024 removeu mais de 200 milhões de anúncios.