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ChatGPT cresce, mas modelo de lucro ainda é desafio

Investimentos e contratos sustentam expansão da OpenAI

Por: Victor Hugo Ribeiro

06/07/202509:00

O ChatGPT, serviço de inteligência artificial da OpenAI, é utilizado semanalmente por cerca de 400 milhões de pessoas, abrangendo usuários e empresas de diversos setores. Apesar de seu sucesso e popularidade, a questão sobre sua capacidade de gerar receita é complexa, especialmente com a oferta de uma versão gratuita funcional.

ChatGPT
Foto: Divulgação

A OpenAI possui várias fontes de receita, incluindo rodadas de financiamento, como a recente de US$ 40 bilhões liderada pelo SoftBank, e investimentos da Microsoft que totalizam pelo menos US$ 13 bilhões. Além disso, a empresa firma contratos com governos, como um recente acordo nos EUA que envolveu US$ 200 milhões para serviços de segurança nacional. 

Também estabelece parcerias e acordos de licenciamento, como a incorporação do GPT-4 no Copilot da Microsoft e colaborações com a Apple. O modelo de assinaturas pagas do ChatGPT, que inclui as versões Pro, Plus e Team, também contribui para a receita, com a versão Plus custando US$ 20 mensais.

Atualmente, o ChatGPT não possui um modelo de publicidade, embora o CEO Sam Altman tenha mencionado que anúncios poderiam ser uma possibilidade no futuro, desde que bem posicionados.

Apesar de gerar receita, a OpenAI ainda não se tornou lucrativa, enfrentando altos custos operacionais, especialmente com servidores e poder computacional. A empresa espera fechar 2025 com US$ 12,7 bilhões e dobrar esse valor em 2026, com a expectativa de alcançar US$ 125 bilhões até 2029, quando planeja ser lucrativa.

A estrutura da OpenAI é peculiar, pois foi fundada em 2015 como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos, mas desenvolveu um braço lucrativo nos últimos anos. Recentemente, a empresa decidiu não se tornar totalmente lucrativa, mantendo o controle sob a unidade não lucrativa e transformando a parte lucrativa em uma corporação de benefício público, o que pode facilitar a captação de recursos e mitigar riscos regulatórios e éticos.