A sentença, que indenizou o idoso de 69 anos em outubro de 2024 caiu em um golpe que usava o reconhecimento facial aconteceu na última terça-feira (8). Na época a vítima teve um prejuízo de R$ 35 mil, o aposentado foi abordado por duas mulheres que se apresentaram como assistentes sociais. 

Elas afirmaram que ele teria direito a uma cesta básica mensal, mas para receber o benefício, pediram que ele tirasse uma foto e fornecesse seu número de telefone, alegando que seria necessário para emitir uma carteirinha.

Porém, a foto tirada por elas era, na verdade, o reconhecimento facial do idoso. No outro dia, golpistas levaram uma cesta básica ao idoso, que percebeu ter caído em um golpe dois meses depois, quando verificou o extrato bancário.

Já o prejuízo com o golpe foi de cerca de R$ 35 mil somados, onde as falsas assistentes sociais anteciparam o 13° em nome da vítima. O valor foi creditado na conta, mas transferido via PIX para desconhecidos. Segundo o processo judicial do caso, o idoso utilizava a conta para recebimento da aposentadoria.

Como evitar o golpe 

Especialistas em crimes digitais alertam que golpistas costumam utilizar uniformes e crachás falsos para se passarem por profissionais de confiança. Um dos métodos mais comuns envolve o pedido de fotos ou reconhecimento facial sob justificativas como a entrega de benefícios sociais, o que deve gerar desconfiança imediata.

Solicitações desse tipo, principalmente quando feitas por desconhecidos, podem ser indicativos de tentativa de fraude. É essencial que a pessoa recuse fornecer imagens ou dados pessoais nessas situações, mesmo que o argumento pareça convincente, como a suposta necessidade de comprovar a entrega de cestas básicas.

Outro golpe que tem se tornado frequente é o do falso advogado. Nessa prática, criminosos obtêm acesso a informações processuais e entram em contato com as vítimas se passando por representantes legais, solicitando pagamentos indevidos sob pretextos como taxas ou honorários advocatícios.

O que fazer se cair 

Registrar um boletim de ocorrência é um dos primeiros passos ao identificar que foi vítima de um golpe. Também é fundamental comunicar imediatamente o banco ou a instituição financeira envolvida.

Se o golpe tiver ocorrido por meio do PIX, é recomendado acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), recurso disponível nas instituições financeiras que permite tentar reaver os valores transferidos de forma fraudulenta. O pedido deve ser feito diretamente no banco.

Caso o recurso não seja devolvido por meio do MED, a vítima ainda pode recorrer à Justiça, como aconteceu com um aposentado da cidade de Limeira, que decidiu entrar com uma ação judicial após não conseguir recuperar o valor perdido.