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IA pode acabar com o seu emprego? Entenda

Relatório estima que 25% dos trabalhos correm risco

Por: Gabriel Pina

16/07/202516:00

O CEO da Amazon, Andy Jassy, anunciou que a multinacional reduzirá seu quadro de funcionários à medida que a Inteligência Artificial (IA) assumir tarefas antes realizadas por humanos. Ainda, Andy alertou que o impacto será sentido em diversos setores, o que deve afetar inúmeros empregos.  

Robô trabalhando em um escritório
Foto: Reprodução/FreePik

Outras empresas também têm emitido alerta semelhantes. O CEO e fundador da startup de IA ‘Anthropic’, Dario Amodei, afirmou que, nos próximos cinco anos, metade das vagas de entrada em carreiras não manuais poderá desaparecer devido à automação.

Um caso recente envolvendo a plataforma de e-commerce Shopify gerou atenção. Agora, o corporativo da empresa exige que as equipes justifiquem a contratação de novos colaboradores, provando que a IA não pode realizar as mesmas funções. 

Além disso, outras grandes empresas como Microsoft, Hewlett Packard, P&G e Duolingo planejam demitir gradualmente milagres de funcionários contratados para substituí-los por sistemas automatizados. Nesse sentido, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que 25% dos empregos globais correm alto risco de se tornarem obsoletos devido à IA.

No entanto, a tecnologia também deve gerar novas oportunidades. Um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial (FMI) prevê que, até 2030, 92 milhões de vagas podem desaparecer, mas 170 milhões de novas posições surgirão.  Ainda, o FMI estima que as economias desenvolvidas serão as mais impactadas, com 60% dos empregos afetados. Metade dessas mudanças será negativa, enquanto a outra metade pode trazer benefícios. 

Já os países emergentes e de baixa renda sentiram menos os efeitos, mas também se beneficiaram menos do aumento de produtividade prometido pela IA. Segundo o levantamento, a IA ameaça profissionais mais qualificados, especialmente em funções que envolvem análise de dados, redação técnica, contabilidade e programação. 

Por outro lado, as ocupações que exigem trabalho físico intenso, como construção civil, cuidados infantis e bombeiros, tendem a ser mais resistentes à automação.  Mas, os especialistas avaliam que as mudanças serão graduais e que aos poucos o mercado vai se acostumar com as novas realidades da IA. 

“Em princípio, poder automatizar uma tarefa antes laboriosa pode tornar os trabalhadores tão mais produtivos, que o output adicional compensa o fato de que parte de seu trabalho agora é feito por uma máquina”, avaliam os economistas David Deming, Christopher Ong e Lawrence H. Summers, da Universidade de Harvard.

Por fim, a adaptação será crucial para o futuro do mercado de trabalho. Funcionários e empresas precisarão se ajustar às novas ferramentas para não ficarem para trás.