Automatização dos lares ganha força mas requer cuidados
Segundo IBGE, 83% das casas estão equipadas com Wifi
Por: Gabriel Pina
14/07/2025 • 08:00
A revolução tecnológica está transformando os lares brasileiros. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 83,3% das residências do país estão equipadas com Wi-Fi. Nesse sentido, a automação das residências estão cada vez mais comuns no país.
Nas lojas, assistentes virtuais, robôs de limpeza e sistemas automatizados deixaram de ser coisas futuristas e passaram a se tornar itens comuns.
Mas, a mudança levanta questões importantes sobre privacidade, segurança digital e os limites saudáveis no uso da tecnologia. Para o professor e engenheiro de IA em sistemas avançados de produção, Roney Camargo Malaguti, o momento é considerado um período de transição, o que requer cuidados.
“Estamos vivendo um momento de transição no modo como interagimos com o espaço doméstico e a IA tem sido o cérebro por trás dessa transformação. Hoje, dispositivos como Alexa, Google Assistant e Siri, integrados a sistemas de automação residencial, permite que, por exemplo, um assistente virtual organize a agenda da casa, envie lembretes importantes, recomende ajustes no consumo energético ou sugira cardápios com base no que há na geladeira”, afirma o professor.
Mas, para o desenvolvedor de software, Eduardo Muniz, automação tem também os seus riscos.
“Um bom exemplo são as fechaduras digitais. As acho ótimas e muito práticas, mas não se estiverem conectadas à internet. Tudo que está conectado a uma rede é, tecnicamente, hackeável. Claro, podem existir fechaduras digitais seguras, mas é necessário entender como esses produtos se comportam antes de partir para utilização”, afirma Muniz.
Nesse sentido, o professor Roney Camargo Malaguti alerta para que os usuários dos produtos tech se atentem a detalhes de fabricação e uso antes de comprá-los.
“Por isso, é fundamental que os usuários tenham consciência da segurança digital. Algumas boas práticas incluem utilizar redes Wi-Fi seguras e com senha forte, atualizar constantemente o firmware dos dispositivos, ler as políticas de privacidade dos serviços e, sempre que possível, desativar permissões desnecessárias”, completou Malaguti.
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