As exportações brasileiras de carne suína devem bater um montante de 1,45 milhão de toneladas em 2025, é o que aponta o relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgado nesta quarta-feira (20). Além disso, o levantamento projeta que a produção nacional no setor deve atingir 5,42 milhões de toneladas no mesmo período.

Entre os estados brasileiros, o maior exportador de carne suína do Brasil, Santa Catarina foi responsável por 64,5 mil toneladas só no mês de julho.  Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 29,3 mil toneladas, Paraná, com 18,8 mil toneladas, Minas Gerais, com 3,4 mil toneladas e Mato Grosso, com 2,8 mil toneladas.

A notícia é divulgada no momento em que o preço da carne suína bate recordes nos Estados Unidos, motivadas pela oferta reduzida no país, além das tarifas de importação impostas pelo governo Donald Trump. De acordo com o USDA, Departamento de Agricultura dos EUA, é esperado que o rebanho americano sofra uma queda de 94,2 milhões de cabeças em 2025, contra 94,4 milhões em 2020.

No entanto, segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o tarifaço obriga o mercado a alterar seu fluxo de exportações, o que pode beneficiar o setor.

“Houve uma notável reestruturação no fluxo de exportações de carne suína do Brasil em 2025. Se antes tínhamos uma maior dependência de um único destino, agora vemos um fluxo equilibrado, com certa proporcionalidade de volume entre as nações importadoras, o que permitirá ao setor manter um fluxo sustentável de exportações ao longo deste ano, com projeções positivas de fechamento”, afirma Santin.