Seis dicas para evitar golpes em postos de combustível
Instituto lista sinais de fraude e orienta como se proteger
Por: Victor Hugo Ribeiro
26/08/2025 • 18:36 • Atualizado
Hoje em dia é sempre bom estar em alerta para tudo ainda mais quando é para se proteger de fraudes em postos de gasolina, é importante ficar atento a alguns sinais de alerta. O Instituto Combustível Legal (ICL), que combate o mercado irregular no Brasil, listou os golpes mais comuns aplicados nos estabelecimentos.
1. Gasolina adulterada
A fraude mais conhecida é a adulteração da gasolina, que pode ser misturada com etanol, solvente e até metanol. O ICL realiza um programa de "cliente misterioso" para verificar a qualidade do combustível e já encontrou misturas de até 80% de etanol na gasolina.
- Danos ao veículo: Em carros flex, o combustível adulterado prejudica a eficiência. Em veículos a gasolina, pode causar danos graves ao motor.
- Metanol: A adulteração com metanol, uma substância tóxica e corrosiva, tem voltado a ser registrada em algumas regiões. O contato com o produto pode causar cegueira em frentistas ou mecânicos.
- Troca de combustível: Outra fraude comum é a venda de gasolina comum como se fosse aditivada, ou aditivada como se fosse premium, cobrando preços mais altos.
Para evitar esses problemas, o ICL recomenda abastecer em postos com bandeira conhecida e de boa reputação.
2. Etanol com excesso de água
A adulteração do etanol com água é um golpe frequente. Em alguns casos, a água é injetada diretamente no tanque do carro no momento do abastecimento, causando perda de eficiência em veículos flex e danos aos bicos injetores.
- A dica é a mesma: prefira postos conhecidos ou que sejam recomendados por amigos e familiares.
3. Fraude volumétrica ("bomba burra")
A "bomba burra" é um golpe em que os mostradores da bomba não correspondem ao volume real de combustível que entra no carro. Isso é possível por meio de dispositivos eletrônicos controlados por controle remoto ou aplicativo. O ICL já identificou fraudes que podem chegar a 31% do volume total.
- Peça por litros: Em vez de pedir por um valor em reais, peça uma quantidade específica em litros, como "20 litros de gasolina".
- Saiba a capacidade do tanque: Conhecer a capacidade do seu tanque pode ajudar a identificar a fraude.
4. Postos "clones" e preços muito baixos
Preços de combustíveis muito abaixo da média do mercado são um grande indício de fraude. O ICL alerta que, geralmente, a diferença de preço em postos irregulares é de cerca de 40 centavos por litro.
Além disso, criminosos criam "postos clones" que imitam a identidade visual de grandes redes, como Shell, Ipiranga e Petrobras, para enganar motoristas. A melhor forma de evitar esse golpe é observar a bandeira do posto e conferir se ela é verdadeira.
5. Pagamento suspeito
Postos que aceitam apenas dinheiro ou Pix, especialmente em horários de menor fiscalização, como após as 20h de sexta-feira, podem estar envolvidos em lavagem de dinheiro. Nesses casos, a qualidade do combustível costuma ser baixa.
6. Óleo lubrificante com rótulo falso ou de especificação errada
A pirataria de óleo lubrificante é um problema crescente. Postos irregulares podem usar produtos com rótulos falsos, fora da especificação correta para o veículo, ou até mesmo óleo já utilizado.
- Conheça a especificação: Verifique no manual do seu carro qual é o óleo lubrificante recomendado.
- Exija a nota fiscal: A nota fiscal é uma garantia de que a empresa é legítima e de que você pode contestar o serviço, se necessário.
- Selo da ANP: Prefira óleos que tenham o selo de aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Além de ficar atento a esses golpes, o Instituto Combustível Legal recomenda pesquisar a reputação do posto e pedir indicações a amigos e familiares. Você também pode usar os canais de denúncia da ANP para reportar postos suspeitos.
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