Mercado automotivo brasileiro é novo foco de montadoras chinesas
Até o fim de 2025, 16 marcas devem integrar mercado
Por: Gabriel Pina
17/08/2025 • 10:00
Até o final de 2025, pelo menos 16 novas marcas de veículos chineses devem integrar o mercado automotivo brasileiro, ampliando a oferta de carros com tecnologia e preços competitivos. A onda "made in China" no automobilismo promete transformar o cenário que tradicionalmente é dominado por montadoras europeias, americanas, japonesas e coreanas.
Entre as novidades que chegarão ao Brasil estão marcas já consolidadas globalmente, como BYD e Great Wall Motors (GWM), além de outras menos conhecidas no mercado ocidental, como Changan, Geely e Chery. Essas fabricantes trazem em comum o foco em veículos elétricos e híbridos, alinhados com as tendências mundiais de mobilidade sustentável. A BYD, por exemplo, que já opera no Brasil, planeja expandir sua linha com modelos mais acessíveis, enquanto a GWM prepara o lançamento de seus SUVs premium.
O movimento reflete a estratégia agressiva das montadoras chinesas de conquistar mercados internacionais. Com tecnologia de ponta, designs modernos e preços abaixo da concorrência tradicional, essas empresas encontraram no Brasil um terreno fértil para expansão. O país oferece vantagens como um mercado consumidor grande, infraestrutura industrial estabelecida e acordos comerciais favoráveis com a China.
Segundo os especialistas, essa onda pode beneficiar os consumidores brasileiros com mais opções e preços mais baixos, mas também representa um desafio para as montadoras tradicionais, que terão que se adaptar para competir com os recém-chegados. A chegada em massa das chinesas coincide com um momento de transformação no setor, marcado pela transição para veículos menos poluentes e pela digitalização dos automóveis.
Além dos veículos prontos, algumas dessas marcas já estudam a possibilidade de instalar fábricas no Brasil, o que poderia gerar empregos e transferência de tecnologia. A Geely, dona da Volvo, e a BYD são algumas das que avaliam investimentos em produção local, o que permitiria reduzir ainda mais os preços finais ao consumidor.
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