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Hamas aceita libertar reféns em acordo com proposta de cessar-fogo dos EUA

Ação acontece após pressão dos EUA por resposta

Por: Redação

03/10/202518:57Atualizado

O Hamas anunciou, nesta sexta-feira (3), que concordou em libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, conforme a proposta de cessar-fogo feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último dia 29.

Foto Hamas aceita libertar reféns em acordo com proposta de cessar-fogo dos EUA
Foto: Reprodução/X @UN

Ao todo, 40 pessoas foram sequestradas no dia 7 de outubro de 2023, durante o atentado terrorista contra Israel. A ação resultou no início da guerra. Ainda segundo informações, parte dessas pessoas estariam mortas.

A resposta veio após Trump pressionar o grupo para dar uma resposta até o próximo domingo (5), sob pena de enfrentar um “inferno total”. No entanto, o Hamas sinalizou que não aceitou todos os termos da negociação com os EUA.

"Quanto às demais questões apresentadas na proposta do presidente Trump que dizem respeito ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino, isso está vinculado a uma posição nacional unificada e fundamentada nas leis e resoluções internacionais pertinentes, a ser discutida em um quadro nacional palestino amplo, do qual o Hamas fará parte e contribuirá com plena responsabilidade", destaca o texto.

Por fim, o Hamas afirmou que valoriza os esforços de países árabes e islâmicos, além do presidente Trump, para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.

Já o presidente Trump usou das redes sociais para confirmar as negociações com o Hamas, em que avaliou que o grupo estaria pronto para um acordo de paz definitivo. De acordo com o republicano, cabe agora a Israel cessar os bombardeios na região.

Em meados de setembro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) reconheceu que “Israel cometeu genocídio na Faixa de Gaza”, baseado nas definições apresentadas na Convenção de Genocídio de 1948. No total, Israel cometeu quatro dos cinco atos classificados como genocidas. Até o final de agosto, o número de mortos no conflito superou mais de 62 mil pessoas, segundo o Ministério de Estado das Relações Exteriores da Autoridade Palestina.