'Se for para levar essa linha, fecha o parlamento', diz Diego Castro sobre processo de Olívia Santana
Deputado comenta processo por violência política de gênero e reafirma importância da divergência no parlamento
Por: Iago Bacelar
12/08/2025 • 12:58
O deputado estadual Diego Castro (PL) reagiu ao processo movido contra ele pela deputada Olívia Santana, que o acusa de violência política de gênero. A declaração foi dada em entrevista ao programa Portal Esfera no Rádio, da Itapoan FM, na qual Castro destacou que as divergências políticas devem ser tratadas como parte essencial do parlamento, e criticou a utilização dessas acusações para silenciar o debate e as críticas políticas.
Segundo o parlamentar, transformar críticas dentro do parlamento em violência política representa um risco para a democracia e inviabiliza o diálogo entre os representantes eleitos. Ele defende que o parlamento existe para a divergência de ideias, e que, caso essa linha seja mantida, o correto seria fechar o parlamento.
“Se for pra levar nessa linha, fecha o parlamento. Porque quando você se dispõe a exercer um mandato, principalmente na condição de parlamentar, a essência do nome do parlamento é a divergência de ideias”, afirmou Diego Castro.
Processo de Olívia Santana e defesa da liberdade de expressão
Diego Castro comentou que a acusação feita pela deputada Olívia Santana contra ele por violência política de gênero configura uma tentativa de criminalizar o debate político e as críticas feitas no exercício do mandato parlamentar. Ele considera que esse tipo de ação prejudica a pluralidade e o contraditório que são fundamentos do regime democrático.
O deputado salientou que a violência política é um tema sério, mas que não pode ser banalizado para censurar opiniões e posturas firmes no parlamento. Ele comparou o uso excessivo dessas acusações a regimes autoritários, onde há apenas uma voz, e ironizou a comparação com modelos de parlamento de regimes comunistas.
Mandato na base e postura firme
Durante a entrevista, Diego Castro destacou que sua atuação política está diretamente ligada ao contato diário com a população. Para ele, as críticas feitas na tribuna da Assembleia refletem as demandas reais e os problemas enfrentados pela população baiana, o que justifica sua postura contundente.
“Os problemas que eu aponto quando uso a tribuna são problemas que não ficam só ali no meu discurso, mas eu vivo no dia a dia”, afirmou o deputado, ressaltando que seu mandato vai muito além do gabinete, com visitas constantes às comunidades e bases eleitorais.
Combatividade como marca do mandato
O deputado admitiu que sua postura firme e combativa às vezes o leva a discursos mais acalorados, mas justificou essa intensidade como reflexo de sua convicção e do compromisso com a população que representa.
Ele disse que defende o que acredita com paixão e que não hesita em usar a tribuna para denunciar injustiças e cobrar soluções, mantendo o compromisso de representar os interesses dos seus eleitores de forma ativa e determinada.
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