Bahia sofre com violência e voos escassos, avalia Tiago Correia
Parlamentar do PSDB afirma que falta posicionamento do governo estadual para enfrentar facções e ampliar conexões aéreas no interior
Por: Lorena Bomfim
01/09/2025 • 13:36
No programa Portal Esfera no Rádio desta segunda-feira (1º), o líder da minoria na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Tiago Correia (PSDB), destacou a escalada da violência e criticou a falta de investimentos do governo estadual em áreas estratégicas como segurança pública e transporte aéreo.
Segundo o parlamentar, a Bahia ocupa hoje a liderança nacional em número de facções criminosas instaladas. Ele ressaltou que o problema não se restringe a Salvador e Região Metropolitana, mas atinge também cidades do interior, como Vitória da Conquista, Jequié e Feira de Santana.
“Até os criminosos estão escolhendo vir para a Bahia porque aqui, segundo palavras do próprio governador, eles são tratados ‘com flores’. Esse discurso acaba estimulando a criminalidade”, afirmou Correia.
Além da questão da segurança, o deputado chamou atenção para os problemas da malha aérea baiana. Ele relatou que, para viajar entre Salvador e cidades importantes do interior, como Vitória da Conquista, Ilhéus, Porto Seguro e Juazeiro, muitas vezes é necessário fazer conexões em outros estados, como São Paulo ou Recife.
“É uma situação absurda. Para ir de Salvador a Conquista, por exemplo, muitas vezes é preciso ir até São Paulo para depois retornar à Bahia. Já em Juazeiro, o passageiro chega a ter que passar por Recife antes de seguir viagem. Isso tem afastado turistas e prejudicado a economia local”, criticou.
De acordo com o deputado, a consequência direta é a perda de dinamismo para o comércio e o turismo do estado. “Antes, muitas pessoas do interior vinham a Salvador para fazer tratamentos médicos, odontológicos, aproveitar um final de semana e consumir nos nossos estabelecimentos. Hoje, preferem ir para São Paulo, Belo Horizonte ou até para fora do país, como Argentina, porque os preços das passagens e a logística de voos são mais viáveis”, destacou.
Correia também lembrou que o Rio de Janeiro já chegou a ter quatro voos diários para a Bahia, todos com alta ocupação, mas as companhias aéreas preferem concentrar suas operações em grandes hubs. “O governo estadual precisa ter pulso firme e negociar para que haja mais voos diretos. Falta posicionamento e cobrança efetiva junto às empresas aéreas”, concluiu.
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