Apesar de a cidade ter registrado uma redução histórica na taxa de desemprego, que caiu para 8,5%, os dados mostram que a renda média dos trabalhadores soteropolitanos permanece estagnada. Especialistas apontam que fatores como alta informalidade, baixa qualificação profissional e concentração de empregos em setores de menor remuneração contribuem para esse cenário. Setores como comércio, serviços e pequenas indústrias dominam a oferta de empregos, mas nem sempre oferecem salários compatíveis com o custo de vida crescente na cidade.
O contraste com outras capitais brasileiras é significativo. Florianópolis, Vitória e Curitiba lideram o ranking nacional, com salários médios de R$ 6.825, R$ 6.728 e R$ 5.941, respectivamente. Enquanto essas cidades registram remunerações quase duas vezes maiores que a de Salvador, a capital baiana enfrenta o desafio de equilibrar oportunidades de emprego com uma remuneração justa e competitiva.
Além disso, o custo de vida em Salvador tem se elevado nos últimos anos, principalmente nos setores de habitação, transporte e alimentação, tornando ainda mais difícil para muitos trabalhadores manterem seu padrão de vida. Economistas defendem que investimentos em educação, qualificação profissional e políticas públicas voltadas para geração de empregos de maior valor agregado são essenciais para mudar esse panorama.
Especialistas também destacam que, para reduzir a disparidade salarial, é necessário ampliar programas de incentivo ao empreendedorismo, estimular a inovação tecnológica e criar condições para a atração de empresas de setores mais lucrativos.