O projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro avança na Câmara dos Deputados, enquanto o governo se prepara para uma disputa acirrada no Senado. A articulação política em torno do texto indica alta probabilidade de aprovação na Câmara, especialmente após apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O presidente Lula (PT), em agenda em Belo Horizonte, manifestou preocupação com o tema, discutido durante viagem de Brasília a Minas Gerais. O governo avalia chances expressivas de aprovação na Câmara, mas reconhece que precisará atuar voto a voto no Senado, mesmo com a posição contrária do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP).

Câmara e apoio político

Cálculos preliminares indicam que o União Brasil, partido de Alcolumbre, pode garantir cerca de 50 votos favoráveis ao projeto na Câmara. A oposição realiza conversas informais em gabinetes para ampliar o apoio à proposta, embora ainda não exista definição exata do texto final que será apresentado.

Estratégia do governo no Senado

O governo se prepara para intensa articulação entre os senadores para tentar barrar ou modificar o avanço do projeto. A oposição considera que, se a proposta for aprovada com folga na Câmara, será difícil impedir sua aprovação no Senado.

Impacto político da anistia

A discussão sobre a anistia se tornou o principal tema do cenário político, mesmo em uma semana marcada por outros eventos significativos no cenário nacional. O tema mobiliza partidos e líderes em negociações estratégicas para garantir votos favoráveis ou impedir a aprovação.