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Política

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Câmara dos Deputados prioriza medida provisória contra tarifas dos EUA

Pacote prevê linha de crédito de R$ 30 bilhões e flexibilização de impostos

Por: Lorena Bomfim

14/08/202517:58Atualizado

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a tramitação da medida provisória (MP) que estabelece ações para enfrentar as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras terá prioridade no Congresso Nacional.

Câmara dos Deputados prioriza medida provisória contra tarifas dos EUA
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O pacote, denominado Brasil Soberano, foi divulgado nesta quarta-feira (13/8) em uma cerimônia que contou com a presença dos chefes dos poderes Executivo e Legislativo. A MP prevê a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para os setores mais afetados pela sobretaxa, além do adiamento de impostos e flexibilização das compras governamentais.

Em entrevista à GloboNews, nesta quinta-feira (14/8), Hugo Motta ressaltou a necessidade de harmonia entre os poderes para responder à medida e garantiu que o tema será tratado como prioridade nas Casas Legislativas. O Congresso tem até 120 dias para analisar o texto da MP.

"Essa matéria será, com certeza, uma prioridade no Congresso Nacional. Não hesitaremos em estar em harmonia com os demais Poderes para defender a soberania nacional, proteger nossas indústrias, empresas e empregos, cumprindo o papel de todos aqueles que têm compromisso com o Brasil, além de qualquer preferência política ou ideológica", afirmou Motta.

O Plano Brasil Soberano terá um impacto estimado de R$ 9,5 bilhões nas contas públicas. Durante o anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil está disposto a manter as negociações com os Estados Unidos, mas deixou claro que a soberania nacional não está em questão.

O governo brasileiro estima que 36% das exportações do país serão sobretaxadas em 50% para entrar nos Estados Unidos, conforme indicado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).