Volvo desenvolve cinto de segurança com IA que se adapta a diferentes colisões
Tecnologia estreia no modelo EX60 e chega ao mercado em 2026
Por: Victor Hugo Ribeiro
27/07/2025 • 07:00
A Volvo está revolucionando a segurança automotiva com o desenvolvimento de um novo cinto de segurança equipado com inteligência artificial (IA). Essa tecnologia de ponta será integrada ao futuro modelo elétrico EX60, com lançamento previsto para 2026.
A principal inovação desse sistema está na capacidade de identificar o tipo de colisão e as características específicas de cada passageiro em tempo real. Por meio de sensores internos e externos, o cinto recebe dados contínuos sobre o tráfego e o perfil do ocupante.
Com base em informações como altura, peso, formato do corpo e posição no assento, a IA personaliza a proteção, adaptando a configuração do cinto para cada situação e indivíduo.
A Volvo destaca que essa tecnologia resulta de mais de cinco décadas de pesquisa em segurança, apoiada por um vasto banco de dados com informações de mais de 80.000 pessoas envolvidas em acidentes reais.
Este novo cinto com IA representa um avanço significativo em relação aos sistemas atuais. A Volvo é pioneira em segurança veicular, sendo inventora do cinto de segurança de três pontos, introduzido em 1959 e estimado por ter salvado mais de um milhão de vidas, conforme destacou Åsa Haglund, chefe do Centro de Segurança da Volvo Cars.
Funcionamento do cinto com IA
Enquanto os cintos modernos utilizam limitadores de carga para controlar a força aplicada ao corpo durante uma batida, essa nova tecnologia expande as opções de limitação de carga de três para onze perfis distintos.
Em caso de colisão, o cinto multiadaptativo processa os dados dos sensores em frações de segundo e seleciona o ajuste mais adequado. Por exemplo, um ocupante de maior porte em um acidente severo receberá uma configuração de carga do cinto mais alta para minimizar o risco de lesões na cabeça, enquanto um passageiro menor em uma colisão leve terá uma configuração menor para reduzir o risco de fraturas nas costelas.
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