Na noite da última quarta-feira (16), a seleção brasileira feminina venceu a Bolívia por 6 a 0, em Quito, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América. Com o resultado, o Brasil assumiu a liderança do Grupo B. Os gols foram marcados por Amanda Gutierrez (1), Kerolin (3) e Luany (2).

Apesar da goleada, o técnico da equipe brasileira demonstrou preocupação com as condições oferecidas às atletas. Segundo ele, as jogadoras foram impedidas de aquecer no gramado por conta da programação do estádio, que sediaria duas partidas no mesmo dia. Com isso, a preparação teve de ser feita em um vestiário pequeno, dividido com a seleção adversária.

“É uma condição preocupante para a saúde das jogadoras. Tivemos uma atleta que sentiu o risco de lesão muscular após um aquecimento incompleto. Se precisássemos substituí-la, a reserva entraria em campo sem estar devidamente preparada”, alertou o treinador.

Ele também criticou a baixa qualidade do jogo, afetada pela pouca bola em jogo. “A Fifa recomenda pelo menos 60% de tempo com bola em jogo. Tivemos apenas 32% no segundo tempo e menos de 40% no primeiro. Isso prejudica a parte técnica e pode influenciar diretamente na classificação, especialmente pelo critério de saldo de gols”, afirmou.

O técnico defendeu mais atenção à organização do futebol feminino sul-americano, principalmente diante da proximidade da Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil. “É hora de refletir e cobrar melhorias. Representamos um continente e precisamos estar unidos para fazer bonito em casa”, concluiu.

O próximo confronto da equipe brasileira será na próxima terça-feira (22), as 21 hrs (horário de Brasília), também em Quito contra o Paraguai.