Afogamentos em Salvador caem 63% em 2025, aponta Salvamar
Coordenadoria de Salvamento Marítimo alerta para cuidados em setembro
Por: Iago Bacelar
24/08/2025 • 12:06
A Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) registrou 235 casos de afogamento nas praias da capital baiana entre janeiro e 15 de agosto de 2025. No mesmo período do ano passado, foram 641 ocorrências, uma redução de 63,34%.
Atenção redobrada com a chegada de setembro
Com a aproximação de setembro, quando as temperaturas sobem e a chuva diminui, o movimento nas praias tende a aumentar. O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, alerta que os banhistas devem evitar pedras, corais e estruturas escorregadias, respeitar sinalizações e priorizar locais com salva-vidas.
"Em setembro, nós começamos a ter tempo mais estável, mais sol, porém o mar ainda tem toda a característica de inverno, como correntes acentuadas e ondas maiores. Então, é preciso ter cuidado redobrado. A Salvamar atua de forma preventiva e educativa, e isso acaba reduzindo a quantidade de ocorrências. Essa cadeia preventiva vem sendo fortalecida também com os salva-vidas e as campanhas nas mídias alertando a população sobre os riscos e reduzindo a incidência de afogamentos", afirmou.
Ações preventivas e identificação de crianças
Neste ano, a Salvamar realizou 37 mil ações preventivas, 65 palestras e eventos e distribuiu 1.240 pulseiras de identificação para crianças. Mesmo assim, houve três casos de crianças perdidas dos pais. Kailani Dantas orienta que os adultos mantenham contato visual com os pequenos, fiquem próximos da área de banho e mantenham distância de um braço ao entrar no mar.
Praias e períodos de maior risco
Algumas regiões exigem atenção redobrada, como Jardim de Alah, Stella Maris e Farol de Itapuã, devido ao relevo, correntes e força das ondas. O trecho monitorado pela Salvamar vai do Jardim de Alah até Ipitanga.
O mês com mais afogamentos foi março, com 74 casos, seguido de fevereiro (44), abril (40) e janeiro (34). É recomendado evitar o banho de mar após longos períodos de chuva, durante frentes frias ou temporais, quando as ondas ficam mais altas, os ventos mais fortes e as correntes marítimas mais intensas, aumentando o risco de afogamento.
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