O cantor e compositor Átila Lima avaliou no Programa Portal Esfera no Rádio, da Itapoan FM, o atual momento da música baiana, destacando mudanças no mercado e os desafios enfrentados pelo Axé Music. Ele falou sobre a industrialização do gênero, a falta de criatividade e a diminuição de novos talentos na cena.

"Para ser sincero, o Axé Music é uma indústria. São os mesmos empresários pensando daquela forma, e o talento fica meio em segundo plano", afirmou Átila, ressaltando que a repetição de formatos prejudica a inovação no gênero.

O ciclo do Axé e a indústria da música baiana

Átila comparou o Axé Music aos ciclos de outros estilos musicais, como o rock dos anos 80, que passou por altos e baixos. Segundo ele, o Axé surgiu das ruas e dos blocos de carnaval, mas a indústria transformou o ritmo em um produto padronizado, limitando o espaço para criatividade e novos artistas.

O cantor destacou ainda que, apesar da força histórica do Axé nas festas e eventos de entretenimento, o gênero não está presente nas plataformas de streaming entre as músicas mais ouvidas. "Não tem novidades, não tem novos artistas interessados no Axé. Por mais que tenha artistas mediáticos, o Axé Music ficou uma colocação de música de entretenimento", disse Átila.