O robô FlatFish, desenvolvido na Bahia, tem se destacado por realizar inspeções em águas profundas utilizando inteligência artificial. O equipamento coleta dados e gera imagens tridimensionais em alta resolução, permitindo a detecção de anomalias no fundo do mar e auxiliando na prevenção de acidentes no setor de petróleo e gás.

Desenvolvimento do robô FlatFish

O projeto começou em 2014, com a criação do primeiro veículo autônomo submarino (AUV) brasileiro. A iniciativa foi desenvolvida pelo Senai CIMATEC, em Salvador, em parceria com a Shell Brasil e o Instituto Alemão de Inteligência Artificial e Robótica (DFKI).

A proposta é que o robô realize inspeções de forma independente, monitorando estruturas submarinas e fornecendo informações detalhadas por meio de imagens em alta qualidade. Esses dados permitem diagnósticos precisos sobre a integridade de equipamentos e tubulações.

Capacidade de operação e autonomia

O FlatFish pode operar a até 3 mil metros de profundidade, o que amplia significativamente a área de atuação em ambientes marinhos. Sua estrutura foi projetada para se mover em todas as direções, sem necessidade de conexão por cabos a outros dispositivos.

Os desenvolvedores destacam que o robô também dispensa embarcações de apoio durante as operações, funcionando de maneira totalmente autônoma. Após cada missão, o equipamento pode ser recarregado em uma garagem submarina, o que aumenta a eficiência e reduz custos operacionais.

Contribuições para o setor de petróleo e gás

O uso da tecnologia do FlatFish representa um avanço para a indústria de petróleo e gás, que depende de inspeções constantes em áreas de difícil acesso. A possibilidade de prever falhas antes que elas se tornem problemas graves contribui para maior segurança e menor impacto ambiental.

Além disso, a autonomia do robô reduz a necessidade de intervenção humana em áreas de risco, minimizando custos e aumentando a produtividade.

Inteligência artificial e inovação

Com base em sistemas de inteligência artificial, o robô analisa dados coletados em tempo real e gera modelos tridimensionais das estruturas inspecionadas. Essa funcionalidade é essencial para detectar fissuras, corrosões e outros tipos de danos que podem comprometer as operações em alto-mar.

A tecnologia aplicada ao FlatFish também é vista como uma ferramenta estratégica para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de soluções no Brasil, posicionando a Bahia como referência em inovação tecnológica no setor subaquático.